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Em novembro passado, a OpenAI lançou a primeira versão gratuita do ChatGPT. Em 72 horas, médicos já estavam usando o chatbot alimentado por inteligência artificial (IA). Esperava-se que a tecnologia fosse usada para tarefas mundanas que consomem tempo, como fazer petições para seguradoras de saúde ou resumir prontuários médicos, e temia-se o uso como um atalho para diagnósticos e outras informações médicas que poderiam ser inventadas ou incorretas.

Mas, surpreendentemente, foi outro o uso dado pelos médicos ao ChatGPT: eles pediam ajuda para se comunicar com pacientes e familiares de maneira mais compassiva. Em uma pesquisa, 85% dos pacientes relataram que a empatia de um médico era mais importante do que o tempo de espera ou o custo. Em outra pesquisa, quase três quartos dos entrevistados disseram que já foram a médicos que não eram empáticos.

Entram em cena os chatbots, que os médicos estão usando para encontrar palavras para dar más notícias e expressar preocupações sobre o sofrimento de um paciente, ou simplesmente explicar mais claramente as recomendações médicas. “Como paciente, eu me sentiria um pouco estranho a respeito disso”, disse Peter Lee, vice-presidente corporativo de pesquisa da Microsoft, que investiu na OpenAI.

Mas o Dr. Michael Pignone, presidente do departamento de medicina interna da Universidade do Texas nos EUA, não tem receios sobre a ajuda que ele e outros médicos de sua equipe receberam do ChatGPT para se comunicar regularmente com os pacientes.

Fonte: Estadão