A recente polêmica envolvendo a vereadora recém-eleita Aninha Cardoso (Republicanos) ganhou destaque nos bastidores da política local. Especulações sobre uma suposta irregularidade em seu processo de desincompatibilização geraram questionamentos sobre a possibilidade de perda de mandato, levantando o interesse de adversários e fomentando debates na Casa Félix Araújo.

Para esclarecer o caso, o deputado federal Romero Rodrigues (Podemos), ex-superior direto de Aninha, deu sua versão dos fatos. Segundo Romero, a então assessora cumpriu todas as exigências legais antes de lançar sua candidatura ao cargo de vereadora. “Aninha pediu exoneração do cargo, deu entrada e solicitou em tempo hábil. O que me consta, foi tudo feito dentro da legalidade da Justiça Eleitoral”, afirmou.

O deputado também comentou um ponto específico levantado pela controvérsia: um pagamento feito após o pedido de exoneração, que teria sido resultado de um atraso na atualização do sistema administrativo. Romero destacou que a parlamentar devolveu os valores assim que identificada a inconsistência, demonstrando sua boa-fé no processo.

A defesa de Aninha Cardoso

Aninha Cardoso também se pronunciou sobre o assunto, reafirmando sua tranquilidade diante das acusações. “Tentam me desestabilizar desde a campanha, mas estou muito tranquila. Solicitei minha exoneração ainda em junho e tenho toda a documentação que comprova a data do meu desligamento”, declarou ao blog.

A legislação eleitoral é clara ao exigir um prazo de desincompatibilização de três meses para servidores públicos, comissionados ou contratados que desejam disputar cargos eletivos. Segundo Aninha, o cumprimento dessas regras está devidamente documentado e será apresentado, caso necessário, para comprovar sua elegibilidade.

Especulação ou estratégia política?

Nos bastidores, o caso levanta dúvidas sobre os reais interesses por trás da polêmica. A perda do mandato de Aninha abriria espaço para a ascensão de outros nomes, fato que não passa despercebido no jogo político local. No entanto, até o momento, os indícios apresentados não sustentam a tese de irregularidade.

Enquanto o caso continua sendo discutido, especialistas apontam para a importância de se preservar a estabilidade política e respeitar o devido processo legal. Para Aninha, o foco segue no mandato para o qual foi eleita, apesar das tentativas de desestabilizá-la.

Seja apenas ruído político ou uma questão a ser apurada, a situação traz à tona mais um capítulo das disputas intensas na arena política local. O desfecho, no entanto, parece pender para a legitimidade do mandato da vereadora.