Quase 500 pessoas aguardam na fila para transplante na Paraíba
Quase 500 pessoas estão na fila de transplante de órgãos na Paraíba, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. Destas, quatro estão atualmente à espera de um coração, 15 por um fígado, 166 por um rim e 301 pessoas por uma córnea.
No ano de 2023, já foram realizados na Paraíba 163 transplantes de órgãos e tecidos, sendo 117 de córneas, seis de coração, 15 de fígado, 21 de rim e quatro de medula óssea. Nesse fim de semana, vidas de cinco pacientes que aguardavam na lista de espera pela doação de um órgão, na Paraíba, ganharam uma nova oportunidade.
O procedimento foi realizado no Hospital Metropolitano, gerido pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), em Santa Rita, onde a paciente estava internada.
A mulher, vítima de hemorragia intracraniana, teve a morte encefálica determinada após a aplicação de um rigoroso protocolo de verificação, que contempla a execução de dois exames clínicos, um teste de apneia e um exame complementar comprobatório. Os exames clínicos são sempre realizados por dois médicos diferentes, em horários distintos e não envolvidos com as equipes transplantadoras.
Com a permissão da família, foram doados o fígado, que foi encaminhado para uma mulher de 65 anos, os rins, que vão libertar das sessões de hemodiálise dois homens, de 57 e 44 anos, respectivamente, e as córneas, que primeiro são enviadas para o Banco de Olhos e posteriormente realizada a cirurgia.
Para a diretora da Central Estadual de Transplantes, Rafaela Dias, os familiares são parte fundamental no processo.
“É sempre importante reforçar que só existe doação se tiver a autorização dos familiares. Então foi o ‘sim’ que essa família deu que está proporcionando outras cinco pessoas a terem uma vida com mais qualidade, e poderem voltar a realizar sonhos. Aliada à sensibilidade da família, também destaco a dedicação e profissionalismo da equipe da Central de Transplantes”, ressaltou.
De acordo com a coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do Hospital Metropolitano, Patrícia Monteiro, essa foi a quarta doação de múltiplos registrada este ano na unidade.
“O aumento no número de doações registradas aqui se dá graças às famílias doadoras, que têm nas mãos o poder da decisão. Nossa eterna gratidão”, reforçou.
Com Portal T5