maxresdefault e1625496161737 800x653 1 scaled
Na última segunda-feira ( 30) o juiz da 4ª Vara Criminal de João Pessoa negou o pedido de prisão preventiva contra o padre.

O padre Egídio de Carvalho Neto compareceu nesta quarta-feira (1º) ao Gaeco para prestar depoimento sobre as investigações que apuram desvios no âmbito do Hospital Padre Zé. No entanto, durante o depoimento, o religioso permaneceu em silêncio. 

Investigado na Operação Indignus, padre Egídio compareceu semanas atrás ao Ministério Público pedindo, segundo a defesa, para ser ouvido e demonstrando interesse em colaborar com as investigações. Na época ele compareceu ao Gaeco sem agendamento.

Na última segunda-feira ( 30) o juiz da 4ª Vara Criminal de João Pessoa negou o pedido de prisão preventiva contra o padre e a ex-tesoureira da instituição Amanda Duarte, e a ex-diretora administrativa Jannyne Dantas. Os três foram alvos recentes de busca e apreensão durante a primeira fase da Operação Indignus.

De acordo com as investigações, após a análise do material apreendido na primeira fase da operação, os investigadores identificaram mais indícios da prática de desvios e de confusão entre o patrimônio das entidades e de investigados. Há também suspeitas de pagamento de propina e de compra de bens por parte do Hospital, que teriam sido repassados a terceiros. 

A investigação descobriu, por exemplo, que o ex-diretor padre Egídio teria recebido mais de R$ 4,4 milhões em transferências de contas das instituições para suas contas pessoais, no período de 2021 a 2023; assim como cerca de R$ 3 milhões em pagamentos em espécie e outras transferências.

Há ainda o relato de que ele seria dono, de fato, de pelo menos 29 imóveis – e de utensílios caros que não seriam compatíveis com os seus rendimentos. Alguns dos imóveis foram visitados pelo Gaeco na primeira fase da Indignus.

Após as buscas, o Gaeco identificou ainda que nos celulares apreendidos alguns alvos teriam combinado mudanças de aparelhos e senhas, indícios de que poderiam estar tentando apagar rastros e/ou dificultar o andamento das investigações.

Apesar das suspeitas, na decisão o magistrado considerou não existirem fundamentos para decretação das prisões preventivas.

O juiz foi o mesmo que determinou a prisão de Samuel Segundo, ex-funcionário do hospital, no caso em que apura o furto de aparelhos celulares da instituição. Ele foi solto posteriormente após a decretação de medidas cautelares. 

Com o Jornal da Paraíba.