Jogos Pan-americanos do Chile começam hoje; veja melhores chances de medalha para o Brasil
Os Jogos Pan-Americanos começaram oficialmente nesta sexta-feira (20), embora algumas disputas já tenham sido realizadas antes mesmo da abertura. A cerimônia que marca o início do evento será realizada a partir das 20h no Estádio Nacional de Chile, em Santiago.
Entre estrelas já consolidadas e nomes menos conhecidos, o Brasil terá 633 atletas no Pan de Santiago. Ao todo, levando em consideração técnicos, médicos e outros profissionais, a delegação brasileira terá mais de mil pessoas.
A 19ª edição do evento continental, primeira disputada na Chile, vai até o dia 5 de novembro. Ao todo, serão distribuídas 2.986 medalhas.
Luta contra o Canadá
Com os Estados Unidos consolidados como principal força esportiva do continente, embora não conte com várias estrelas no Pan-Americano de Santiago, o primeiro lugar do quadro de medalhas provavelmente será dos norte-americanos. A meta do Brasil é conseguir repetir o feito de Lima, em 2019, e ficar na segunda colocação geral.
Para isso, terá um adversário de peso. Depois de ficar na quarta colocação em 2019, o Canadá terá um time bem mais forte em 2023. Com maior participação dos principais atletas do país em cada modalidade, os canadenses devem proporcionar uma disputa acirrada com o Brasil pelo posto de segunda maior força.
Chuva de medalhas
Para cumprir a meta de superar o Canadá, o Brasil conta com bons resultados da ginástica. O país é grande favorito a conquistar as oito medalhas de ouro na rítmica. Com a equipe que vem de boa participação no Mundial, a artística também deve conseguir alguns ouros. Flávia Saraiva e Rebeca Andrade são as grandes estrelas.
No ginástica de trampolim, o Brasil vive o melhor momento de sua história e também tem chances de subir ao lugar mais alto do pódio. Alice Gomes e Camila Lopes são nomes importantes.
Estrela presente, mas poupada
Uma das grandes atletas brasileiras em atividade, Rebeca Andrade fará no Chile a estreia dela em Jogos Pan-Americanos. Depois da grande participação no Mundial, com um ouro, três pratas e um bronze, ela foi mantida na delegação para Santiago, mas será poupada.
Com a carreira atrapalhada por graves lesões, dentre elas três ligamentares no joelho, ela não vai disputar o solo. Consequentemente, a brasileira está fora do individual geral. Sem Simone Biles, ela seria grande favorita ao ouro nas duas provas.
Dessa forma, Rebeca Andrade vai disputar trave, salto e barras assimétricas. Ela também pode ajudar a equipe brasileira.
Favoritismo no Skate
Outro esporte em que o Brasil entra como favorito em várias disputas é o skate. No street feminino, Rayssa Leal e Pâmela Rosa são as melhores colocadas do ranking entre as atletas em disputa e podem subir juntas ao pódio.
No masculino, Gabryel Aguilar e Lucas Rabelo serão os representantes após pedido de dispensa de Kelvin Hoefler. No skate park, o Brasil também carrega favoritismo com Augusto Akio e Raicca Ventura.
Medalhistas olímpicos
Embora alguns grandes nomes não tenham ido a Santiago, como Mayra Aguiar, Alison dos Santos, Pedro Barros e Bia Haddad, o Brasil terá vários dos principais atletas do país em Santiago.
Ao todo, serão 20 medalhistas olímpicos no Pan: Ana Marcela Cunha, Arthur Nory, Rebeca Andrade, Doda, Rodrigo Pessoa, Bia Ferreira, Abner Teixeira, Isaquias Queiroz, Baby, Rafaela Silva, Ketleyn Quadros, Daniel Cargnin, Felipe Wu, Rayssa Leal, Fernando Scheffer, Martine Grael e Kahena Kunze, Laura Pigossi, Luisa Stefani e Maicon Andrade.
Além deles, Darlan Romani, Marcos D’Almeida e Ana Patrícia e Duda são nomes importantes para ficar de olho.
Bicampeãs olímpicas pressionadas
Entre todos os campeões olímpicos, duas estão especialmente pressionadas para o Pan-Americano de Santiago. Depois dos ouros no Rio e em Tóquio, Martine Grael e Khaena Kunze, da vela, foram mal no Mundial da modalidade e não conseguiram se classificar para Paris antecipadamente.
O Pan de Santiago vai distribuir uma única vaga para os Jogos Olímpicos na 49er FX, apenas para a dupla campeã da categoria. As brasileiras são amplas favoritas para o ouro, mas entram pressionadas por não estarem garantidas em Paris.
Se a vaga não for conquistada no Pan, ainda haverá a chance na “Regata da Última Chance”, envolvendo duplas de todo o mundo.
Favoritas mordidas
Grandes nomes do vôlei de praia mundial e líderes do ranking neste momento, Ana Patrícia e Duda chegam ao Pan-Americano de Santiago como grandes favoritas ao ouro no vôlei de praia feminino.
As jogadoras do Praia Clube perderam a final do Mundial no início do mês para as norte-americanas Cheng e Hughes e buscam ficar com o título para esquecer o vice-campeonato.
Retomar protagonismo
No vôlei, o Brasil vai ao Pan-americano com o objetivo de subir no lugar mais alto do pódio pela primeira vez desde Guadalajara 2011. Os times nacionais, tanto feminino quanto masculino, não conquistaram ouro nas últimas duas edições do evento continental
Entre as mulheres, a República Dominicana chega como grande favorita ao topo do pódio. As caribenhas foram para Santiago com o elenco principal, diferentemente de outras equipes. No masculino, o Brasil também leva elenco mesclado entre jovens e atletas mais experientes.
Vagas olímpicas em jogo
O boxe, esporte que mais deu medalhas ao Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, é a modalidade que mais terá vagas para Paris distribuídas no Pan-Americano de Santiago.
Os dois primeiros colocados de cada categoria se garantem nas Olimpíadas de 2024. Keno Marley, Abner Teixeira e Bia Ferreira são grandes nomes do boxe nacional com chances de medalhas no Chile.
Outras modalidades também vão distribuir vagas para os Jogos Olímpicos. Serão mais de 100 vagas diretas para Paris 2024 distribuídas entre todas as modalidades.
Time forte
Esportes populares nos grandes eventos, natação e atletismo também são grandes esperanças de medalhas para o Brasil. Nas piscinas, Fernando Scheffer e Guilherme Costa são favoritos entre os homens. Após boa participação no Mundial, Bia Dizzoti também é um dos destaques da delegação de 42 atletas.
No atletismo, Darlan Romani é um dos destaques e favoritos a medalha. Os norte-americanos melhores do mundo não vão disputar a competição continental, o que abre espaço para o brasileiro.
Com CNN Brasil