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Desde o fim da trégua entre Israel e o grupo terrorista Hamas, o Exército israelense afirmou ter atacado mais de 400 “alvos terroristas” na Faixa de Gaza.

Esses ataques resultaram em quase 180 mortes, de acordo com números provisórios. As forças israelenses realizaram ataques por terra, mar e ar, com destaque para um amplo ataque na área de Khan Yunis, no sul do enclave palestino.

Cinco reféns detidos em Gaza também morreram durante os ataques, segundo informações divulgadas pelo Exército de Israel. As famílias dos reféns foram notificadas sobre as mortes nos últimos dias.

Após o término da trégua, milhares de habitantes de Gaza procuraram refúgio em hospitais e escolas, que foram convertidos em abrigos para pessoas deslocadas.

Na sexta-feira (1º), os militares israelenses atingiram mais de 200 alvos terroristas, incluindo áreas com explosivos escondidos, túneis usados para fins terroristas, plataformas de lançamento de foguetes e centros de comando do Hamas.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, até a sexta-feira, foram registradas 178 mortes e 589 feridos no estreito enclave palestino. Entre os mortos estão três jornalistas.

A retomada dos combates encerrou a esperança de prolongar a trégua que estava em vigor desde 24 de novembro. Essa trégua permitiu a troca de reféns detidos pelo Hamas por prisioneiros palestinos em Israel e facilitou a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

As negociações para prolongar a trégua fracassaram devido a divergências sobre a libertação de reféns. A guerra teve início em 7 de outubro, quando militantes islâmicos invadiram o sul de Israel, matando 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestrando cerca de 240.

Em resposta, Israel prometeu eliminar o Hamas e lançou uma campanha de ataques aéreos e terrestres em Gaza. Segundo o governo do Hamas, mais de 15 mil pessoas já morreram, a maioria delas civis.

A retomada dos combates mergulhou novamente a Faixa de Gaza em um pesadelo, segundo o chefe do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Robert Mardini. A trégua havia trazido alívio para uma população sobrecarregada por sete semanas de bombardeios e bloqueio.

Objetivos da guerra

O chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, afirmou que os Estados Unidos estão intensamente concentrados na libertação dos reféns mantidos em cativeiro em Gaza. Ele declarou que estão determinados a fazer tudo o que estiver ao alcance para reunir os reféns com suas famílias.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Hamas violou o acordo ao disparar foguetes contra Israel. O governo de Israel está determinado a alcançar os objetivos da guerra, que incluem libertar os reféns, eliminar o Hamas e garantir que Gaza nunca mais represente uma ameaça para o povo de Israel.

Antes do reinício dos bombardeios, o Exército israelense enviou mensagens para os telefones dos moradores de alguns bairros da cidade de Gaza e das cidades que fazem fronteira com Israel, instruindo-os a saírem imediatamente.

Nabil Abu Rudeina, porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, denunciou a retomada da limpeza étnica e do genocídio em Gaza. Os bombardeios estão ocorrendo por toda parte, e a população está sem comida, água e roupas.

Áreas e evacuação

O cessar-fogo começou a falhar quando o Hamas assumiu a responsabilidade por um ataque em Jerusalém que matou quatro israelenses. No entanto, o movimento islâmico se mostrou disposto a prolongar o cessar-fogo, que foi negociado com a mediação do Catar, Egito e Estados Unidos.

Tanto o Hamas quanto Israel reconhecem que não chegaram a um acordo sobre a lista de reféns. O Hamas propôs uma troca de prisioneiros e idosos, além da entrega dos corpos de reféns que morreram nos bombardeios israelenses em Gaza.

A situação na Faixa de Gaza continua tensa e incerta, com a retomada dos combates e o aumento das vítimas civis. A comunidade internacional continua acompanhando os acontecimentos e buscando soluções para o conflito.