EUA enviam primeiros equipamentos para construir porto temporário em Gaza
Os Estados Unidos enviaram um navio de ajuda humanitária à Faixa de Gaza na noite de sábado (9), anunciou o Comando Central dos EUA (CENTCOM). A embarcação está transportando o primeiro equipamento para estabelecer um cais temporário para entregar suprimentos humanitários vitais à região.
Em comunicado, o CENTCOM disse que o navio do Exército dos EUA (USAV) General Frank S. Besson (LSV-1), de apoio logístico, partiu da Base Conjunta Langley-Eustis a caminho do Mediterrâneo Oriental “menos de 36 horas depois de o presidente Biden anunciar que os EUA forneceriam assistência humanitária a Gaza por mar”.
Na quinta-feira (7), o presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou que os militares dos EUA começariam a estabelecer um porto no território que poderia receber grandes remessas de alimentos e suprimentos médicos extremamente necessários. O anúncio foi feito durante seu discurso sobre o Estado da União – uma reunião anual apresentada pelo presidente dos EUA na presença do Congresso americano.
Biden disse que a estrutura na costa do Mediterrâneo receberia “grandes navios que transportam alimentos, água, remédios e abrigos temporários”. “Este cais temporário permitiria um aumento maciço na quantidade de assistência humanitária que chega a Gaza todos os dias”, afirmou.
A decisão de Biden de ordenar a construção do porto temporário ocorre em meio a alerta da ONU (Organização das Nações Unidas), no final de fevereiro, sobre a fome generalizada entre os 2,3 milhões de palestinos do enclave, quase cinco meses depois de Israel ter iniciado a sua ofensiva em Gaza.
Alívio ainda pode demorar
O porto, que será usado para entregar ajuda humanitária a Gaza, ainda pode demorar para se tornar totalmente operacional. Na sexta-feira (8), o Pentágono disse que espera-se que o cais leve pelo menos de um a dois meses para ser construido.
As autoridades também disseram que a construção provavelmente exigirá até mil militares dos Estados Unidos para ser concluída.
Fonte: Reuters/CNN