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Foto: Eldérico Silva/Rede Amazônica Acre

Agentes de segurança tentam conter uma rebelião no presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco (AC), nesta quarta-feira (26). A estrada que dá acesso ao presídio foi bloqueada. Um policial penal foi ferido superficialmente na ação e encaminhado ao pronto-socorro da capital e um segundo policial segue refém dos presos, que tentam fugir.

O policial foi ferido com um tiro de raspão no rosto. Os presos usaram a própria arma do agente, que foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado ao pronto-socorro da capital.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp) informou que pelo menos 13 presos participaram da rebelião. “O governo do Estado, por meio da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp), informa que detentos do pavilhão de isolamento do Presídio Antônio Amaro iniciaram um princípio de motim, quando 20 policiais penais realizavam a segurança do pavilhão. Na ação, os detentos fizeram dois policiais penais reféns”, diz a nota encaminhada pelo governo.

Foi montado um gabinete de crise e uma reunião com o presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre (Iapen) está definindo ações a serem tomadas. ” Homens das polícias Militar, Penal, Gefron e Bope já atuam na área”.

“O gabinete de crise com toda a cúpula de Segurança Pública foi instaurado na sala de situação da Sejusp. Providências estão sendo tomadas e os operadores de segurança já estão atuando no local”, informou em nota a secretaria.

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) informou que está acompanhando os acontecimentos relacionados à rebelião. “Diante da gravidade da situação, o MP-AC irá instaurar procedimento para apurar as circunstâncias que levaram a esse episódio de violência”, informou o procurador-geral de Justiça, Danilo Lovisaro.

Familiares dos presos que chegaram a fazer visitas nesta quarta estão reunido aguardando informações. As visitas foram suspensas pela parte da tarde.

Enedina Farias, dona de casa, tem dois filhos, um primo e um sobrinho presos no Antônio Amaro. Ela disse que estava chegando para a visita no período da tarde, quando foi barrada.

“Minha preocupação é que todos os meus filhos são reeducandos. A gente que tem familiar aí dentro foi pego de surpresa . Ninguém sabia, mas agora é entregar nas mãos de Deus. Minha visita que seria à tarde foi suspensa, porque não tem como ter. Estamos aqui barrados e aguardando notícias.”

Fonte: G1