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A defesa de Egídio Carvalho Neto, conhecido como padre Egídio, ingressou, nesta terça-feira (21), com um recurso em busca da soltura do sacerdote preso na semana passada durante a segunda fase da Operação Indignus por suspeita de desvios milionários no período que esteve à frente do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.

Os advogados alegam que o religioso necessita cumprir a prisão domiciliar já que é responsável pelos cuidados da mãe, de 92 anos, e da irmã, que sofre de esquizofrenia, de 65 anos. Além disso, aponta que Carvalho necessita de tratamento médico e questiona a acusação do Ministério Público da Paraíba sobre os valores que teriam sido desviados.

“Mesmo com todos os elementos apresentados, não se conclui por um valor exato de desvio, nem mesmo em estimativa, sempre variando a cada narrativa do órgão ministerial, mas sempre se valendo de termos como “enorme quantia”, “vultosos valores”, mas sem nenhuma exatidão em valores, e mais, sem os efetivos meios de comprovar a o destinatário final dos valores supostamente pagos, e a finalidade de tal pagamento”, diz a petição.

Egídio de Carvalho Neto, o Padre Egídio, foi preso na últimas sexta-feira (17), durante a segunda fase da Operação Indignus. Ele é suspeito de desviar cerca de R$ 140 milhões do Hospital Padre Zé, unidade que presidiu por mais de dez anos.

Ao Portal MaisPB, a defesa de Egídio informou estar buscando as medidas necessárias para recorrer da prisão preventiva, decretada pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida.

Para o Ministério Público, há provas e indícios de diversos crimes contra o padre, como a compra de imóveis de luxo na Paraíba, Pernambuco e Ceará, além de usar os recursos do hospital para pagar os custos de seus carros e as mensalidade do curso de medicina em São Paulo de um sobrinho.

Fonte: Mais PB