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A advogada Edith Christina havia sido identificada como uma das bolsonaristas radicais presas pela PF ainda no dia dos atos.

Um endereço ligado à advogada paraibana Edith Christina Medeiros Freire, que foi presa pela Polícia Federal nos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília, foi alvo de uma nova operação da PF na manhã desta terça-feira (11). Além do endereço de Edith, no bairro do Cabo Branco, em João Pessoa, a 20ª fase da operação Lesa Pátria também cumpriu mandados em Cabedelo e Bayeux, na Paraíba, e em Mirassol d’ Oeste e Cáceres, no Mato Grosso.

A advogada Edith Christina havia sido identificada como uma das bolsonaristas radicais presas pela PF ainda no dia dos atos. Ela tem 56 anos e está com inscrição na OAB-PB sob o número 8744. Edith compôs o Tribunal de Ética da OAB no triênio 2019/2021 e esteve envolvida em uma denúncia de assédio sexual dentro da OAB-PB, quando tentou desqualificar a vítima.

Em agosto de 2017, conforme o processo, Edith declarou que a denúncia de assédio sexual de uma funcionária contra o secretário-geral da OAB-PB seria uma armação da vítima com o vice-presidente e a tesoureira na época. A funcionária chegou a ser demitida após a denúncia.

Edith Christina foi acusada por injúria e difamação no mesmo caso acima. Durante o processo, ela fez um acordo para se retratar sobre o caso e pagar um valor que seria revertido para instituições carentes.

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Endereço de advogada da PB. Foto: Reprodução.

Em nota divulgada às 9h desta terça-feira, a OAB-PB disse que estava devidamente informada e que acompanhou a operação policial decretada por mandado judicial do Supremo Tribunal Federal (STF), para garantia das prerrogativas da advocacia.

20ª fase da operação Lesa Pátria

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (20) a 20ª fase da operação Lesa Pátria que investiga pessoas que incitaram, participaram e fomentaram a invasão ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro. Na Paraíba, são cumpridos mandados em João Pessoa, Cabedelo e Bayeux. 

De acordo com a PF, estão sendo cumpridas medidas em relação a dez investigados: duas prisões preventivas e dez mandados de busca e apreensão. Além da Paraíba, a ação concentra-se nas cidades de Mirassol do Oeste e Cáceres, ambas no estado do Mato Grosso.

“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo”, diz a PF.

A instituição conclui que as investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

Com o G1PB.