Alexandre de Moraes proíbe que Mauro Cid se comunique com Jair e Michelle Bolsonaro
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, proibiu Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), de se comunicar com o ex-presidente Jair Bolsonaro e com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. A decisão foi assinada na última quarta-feira (23), as intimações começaram a ser transmitidas na noite desta sexta-feira (25).
A restrição ocorre no inquérito das chamadas “milícias digitais” e foi tomada, segundo Moraes, após análise de dados encontrados no celular de Cid, que revelou “novos fatos” em “diferentes eixos de atuação relacionada à atuação da organização criminosa investigada”, como em um suposto golpe de Estado e no desvio de presentes oficias de alto valor recebidos de governos estrangeiros.
“A análise dos dados armazenados no telefone celular aprendido em poder de MAURO CESAR BARBOSA CID revelou indícios de que houve desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao ex-Presidente da República ou agentes públicos a seu serviço, e posterior ocultação da origem, localização e propriedade dos valores provenientes, sendo revelados novos fatos e agentes envolvidos”, diz a decisão de Moraes.
Segundo o magistrado, “neste caso, a incomunicabilidade entre os investigados alvos das medidas é absolutamente necessária à conveniência da instrução criminal, pois existem diversos fatos cujos esclarecimentos dependem da finalização das medidas investigativas, notadamente no que diz respeito à análise do material apreendido e realização da oitiva de todos os agentes envolvidos”.
Além de Jair e Michelle Bolsonaro, o tenente-coronel também está proibido de se comunicar com a esposa, Gabriela Cid, e outros investigados no auto, como o ex-assessor de Bolsonaro Marcelo Câmara, o médico Farley Vinícius Alencar de Alcântara e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), entre outros.
Com a CNN Brasil.