O visto H-1B, é um tipo de benefício para que profissionais estrangeiros qualificados possam trabalhar nos Estados Unidos com autorização e, segundo o relatório anual do U.S. Citizenship and Immigration Services (USCIS) para o ano fiscal de 2023 houve um aumento significativo nas inscrições para o programa H-1B em comparação com o ano anterior. O USCIS recebeu 483.927 registros eletrônicos para o limite anual de H-1B, representando um aumento de aproximadamente 57% em relação ao ano fiscal de 2022, que teve 308.613 registros.

Para a advogada e jurista, Raissa Rolim, o visto H-1B desempenha um papel crucial no mercado de trabalho americano. “Ele permite que profissionais estrangeiros, especialmente em áreas como tecnologia, engenharia e saúde, contribuam para o desenvolvimento econômico e inovação dos Estados Unidos”, explica. Contudo, a advogada alerta para a volatilidade das políticas migratórias: “Mudanças de governo, como a volta de Trump, podem gerar incertezas, com restrições mais rígidas ou alterações no número de vistos emitidos”.

O H-1B é voltado para trabalhadores qualificados que possuem, no mínimo, graduação em áreas específicas. Ele requer um empregador patrocinador nos EUA, que demonstre a necessidade de contratar o profissional devido à falta de mão de obra qualificada no país. Segundo Rolim, o processo de aplicação exige atenção detalhada às regulamentações e prazos. “A perda de um prazo ou falha em documentações pode levar ao indeferimento do pedido, o que afeta diretamente o status migratório do profissional e sua permanência no país”, ressalta.

Além do H-1B, os Estados Unidos oferecem outros tipos de vistos de trabalho, como o L-1, para transferência de funcionários dentro da mesma empresa, e o O-1, destinado a pessoas com habilidades extraordinárias em campos como artes, ciência e esportes. Cada um atende a necessidades específicas, mas todos requerem um entendimento profundo das regulamentações americanas.

Raissa Rolim destaca que o H-1B, embora seja um dos mais populares, tem desafios significativos, como o limite anual de 85 mil aprovações. “A competição é enorme, e o sistema de loteria usado para selecionar as petições adiciona um elemento de imprevisibilidade ao processo”, aponta.

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Em um cenário de incerteza política, como indicam as declarações recentes do ex-presidente Donald Trump sobre revisar critérios para entrada de profissionais estrangeiros, Rolim enfatiza a importância de buscar orientação especializada. “Advogados e paralegais especializados são fundamentais para garantir que o processo seja conduzido com segurança e para mitigar riscos em um ambiente jurídico que muda com frequência”.

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