Uma reconfiguração do setor da saúde está em curso no mercado com a integração do conceito de empreendedorismo no campo médico. A mudança é protagonizada pela adoção de novas tecnologias, que impulsionam o desenvolvimento de soluções inovadoras para a resolução de problemas persistentes na área.

Além de novas tecnologias, a popularização de equipamentos com alto processamento de dados colabora para a criação de ferramentas digitais voltadas para o setor da saúde, como aplicativos e relógios inteligentes, promovendo ainda atividades de empreendedorismo.

Essa nova fase é marcada por iniciativas como a telemedicina, o uso de tecnologias como a Inteligência Artificial (IA), robótica e nanotecnologia. Segundo dados da Bain & Company, 60% das empresas pesquisadas têm como uma das prioridades a implementação de IA nos negócios.

Os avanços representam também a oportunidade de empreendimento no campo médico, desenvolvendo soluções digitais e plataformas como aplicativos que colaboram para o aperfeiçoamento de tratamentos e diagnósticos.

A inovação tecnológica fomenta a criação de startups médicas, setor em plena expansão no mercado. De acordo com levantamento da Liga Ventures, publicado no primeiro semestre de 2024, existem pelo menos 536 startups de saúde em atividade no Brasil.

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“Essas empresas apresentam soluções digitais voltadas para gestão de processos, planos de saúde, bem-estar, exames e diagnósticos, marketplace de medicamentos, inteligência de dados, saúde no trabalho, entre outros”, exemplifica o Dr. José Cabral, médico-cirurgião plástico e empreendedor.

A promoção de diagnósticos e consultas customizados e mais eficientes representa um novo modelo de atendimento explorado por empreendedores no setor da saúde. Dessa forma, a inovação tecnológica possibilita processos de gerenciamento menos burocráticos.

De acordo com relatório recente do Capgemini Research Institute, 82% das empresas planejam integrar agentes de IA nos próximos 1 a 3 anos, com o setor farmacêutico e de saúde liderando a adoção dessa tecnologia (23%).

“Esse movimento no campo médico estimula a criação de negócios como atendimentos em clínicas por assinatura e empreendimentos que oferecem serviços integrados de prevenção e tratamento. Portanto, a inovação tecnológica é uma ferramenta indispensável para democratizar o acesso à saúde, beneficiando também a população por meio do empreendedorismo médico”, explica o especialista.

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