Neste mês, uma nova obra educacional chegou ao público: o “Alfabetário da Fauna Brasileira”, lançado pela Editora Forma Educacional e escrito por Hugo José Coelho Corrêa de Azevedo, doutorando premiado do Programa de Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/FIOCRUZ). O livro tem como um dos objetivos oferecer uma maneira diferente de alfabetizar crianças enquanto as aproxima da biodiversidade brasileira e da necessidade de discutir temas ambientais que envolvem a fauna nacional.

As letras do alfabeto são associadas a animais típicos da fauna brasileira, criando uma experiência de aprendizado próxima à realidade das crianças, especialmente para aquelas que vivem em regiões onde esses animais são encontrados. Além de combater o analfabetismo tradicional, o livro se dedica a enfrentar o “analfabetismo ambiental” — o desconhecimento sobre a fauna e ecossistemas locais, tema debatido pela primeira vez na Conferência RIO-92. Este tipo de analfabetismo se refere à falta de conhecimento sobre as questões ambientais e suas consequências, mesmo entre aqueles que sabem ler e escrever.

“Ao introduzir as crianças à fauna desde cedo, formamos cidadãos mais conscientes sobre questões ambientais e capazes de reconhecer e valorizar os animais do nosso próprio país”, destaca Hugo. A recepção do livro pela comunidade científica foi mista: enquanto educadores o elogiaram como material para o “chão da escola”, alguns pesquisadores, ao vê-lo nas redes sociais, consideraram-no pouco relevante. Em resposta, Hugo esclarece: “O público-alvo do livro são os professores, não os pesquisadores. Para esses últimos, um livro mais conceitual será publicado em 2025”.

Alfabetário da Fauna Brasileira pretende levar ensino e conscientização ambiental para escolas de todo o Brasil. Hugo finaliza: “É uma forma de devolver à sociedade um material gratuito que pode ser usado em todo o país, esse Brasil tão diverso e cheio de vida”, conclui o cientista.

O livro se encontra disponível para download gratuito no portal Educapes, da CAPES.

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