Segundo os dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial nacional cresceu 0,9% em março de 2024 em comparação a fevereiro, na série com ajuste sazonal. A publicação aponta que este é o segundo avanço consecutivo e destaca a intensificação da variação positiva de 0,1% registrada em fevereiro. O conteúdo divulgado ainda mostra que no acumulado do ano, o setor industrial teve uma expansão de 1,9%, enquanto a taxa anualizada, que considera os últimos 12 meses, avançou 0,7%.

Conforme informado na publicação do IBGE, a comparação sem ajuste sazonal com março de 2023 mostrou uma queda de 2,8%, interrompendo uma sequência de sete meses de resultados positivos. Entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários e bens de consumo semi e não duráveis registraram crescimento de 1,2% e 0,9%, respectivamente, em relação ao mês anterior. Por outro lado, bens de consumo duráveis e bens de capital apresentaram recuos de 4,2% e 2,8%, respectivamente.

A publicação aponta que, dentre os 25 ramos industriais pesquisados, apenas cinco mostraram avanço na produção em março de 2024. As influências positivas mais significativas vieram de produtos alimentícios (1,0%), produtos têxteis (4,5%), impressão e reprodução de gravações (8,2%) e indústrias extrativas (0,2%). Em contrapartida, atividades como veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,0%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-13,3%) exerceram os principais impactos negativos no mês.

José Antônio Valente, diretor da empresa locadora de equipamentos Trans Obra, afirmou que a performance dos bens intermediários, que cresceram 1,2%, é particularmente relevante. Este segmento é crucial para a construção civil, pois inclui materiais e componentes essenciais para obras. O aumento na produção desses bens sugere uma maior atividade nos projetos de infraestrutura e construção, o que pode levar a uma maior procura por equipamentos especializados, como escavadeiras, guindastes e betoneiras. José Antônio continuou dizendo que os recuos observados nos bens de capital e bens de consumo duráveis indicam uma cautela no investimento em novos projetos de larga escala. “Com a estabilização econômica e a recuperação gradual, espera-se que esses segmentos também comecem a mostrar sinais de recuperação, aumentando a demanda por locação de equipamentos de construção”.

Ainda sobre a publicação, que pode ser consultada na íntegra através do link informado no início da matéria, entre as grandes categorias econômicas, os bens de capital registraram a maior queda anual (-10,5%), seguido por bens de consumo duráveis (-6,3%) e bens de consumo semi e não duráveis (-3,2%). O segmento de bens intermediários teve uma retração de 1,4% em março de 2024 comparado ao mesmo mês do ano anterior. A média móvel trimestral da produção industrial apresentou variação nula no trimestre encerrado em março de 2024, interrompendo uma trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2023.

O conteúdo da publicação ainda mostra que no acumulado dos primeiros três meses de 2024, a produção industrial cresceu 1,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas. Destaque para os setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,7%), indústrias extrativas (4,6%) e produtos alimentícios (3,7%). No entanto, atividades como produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-16,9%) e máquinas e equipamentos (-5,4%) apresentaram reduções no período.

Perguntado sobre o assunto, José Antônio afirmou que olhando para o futuro, é fundamental que as empresas de locação de máquinas e equipamentos estejam preparadas para atender a uma demanda crescente no futuro se houver o pensamento dos empresários for em investir em tecnologia, oferecer manutenção de alta qualidade e diversificar o portfólio de equipamentos serão estratégias chave para aproveitar as oportunidades emergentes como fazemos na unidade da empresa de locação de equipamentos em Piracicaba, São Paulo. “A adaptação às necessidades específicas de diferentes segmentos industriais será crucial para maximizar o crescimento neste cenário de recuperação industrial”.

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