Emagrecimento rápido é, pelo senso comum, um sonho universal. Porém, também faz parte do senso comum que essa corrida contra o relógio e contra a balança ao mesmo tempo é algo que mais prejudica que ajuda. Todavia, segundo uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) e o Instituto Datafolha, e publicada pelo Uol, 24% dos brasileiros já usaram alguma substância para emagrecer. Do outro lado da moeda, um dispositivo que também é popular é o balão intragástrico.

A maioria dessas pessoas sequer procuram auxílio de um especialista. Na verdade, 63% dos entrevistados acabam recorrendo a internet para realizar a aquisição desses, sem nenhum tipo de avaliação prévia de um médico ou outro agente de saúde.

Iniciativa condenada pelo cirurgião geral e endoscopista Mauro Jácome, especialista no tratamento de obesidade com balão intragástrico e endosutura. Para o médico, lidar com o emagrecimento carece uma dinâmica construída a partir de uma tratativa ajustada para cada caso.

“A luta contra o excesso de peso é uma realidade para muitas pessoas. Felizmente, existem várias abordagens para a perda de peso, e uma delas é o balão intragástrico. Este método não cirúrgico tem ajudado muitos indivíduos a alcançar seus objetivos de emagrecimento e melhorar sua qualidade de vida”, disserta o médico.

Na contramão do emagrecimento exacerbado, Mauro recomenda a utilização do balão intragástrico. “Trata-se de um dispositivo médico feito de silicone, que é preenchido com soro fisiológico ou ar e colocado no estômago. Diferente de procedimentos cirúrgicos, a inserção não é invasiva e é realizada através de uma endoscopia. Uma vez no estômago, ele é inflado, ocupando espaço e ajudando no controle do peso”.

Ao ocupar espaço no estômago, reduz a capacidade de armazenamento do órgão, levando a uma sensação precoce de saciedade após a ingestão de pequenas quantidades de alimentos. Isso resulta em uma diminuição natural da ingestão calórica, base essencial para a perda de peso. Além disso, também retarda o esvaziamento gástrico, prolongando a sensação de saciedade e ajudando a evitar excessos alimentares.

Tornando a pauta da individualidade por casos, Mauro Jácome ainda esclarece que existem modelos diferentes de balão intregástrico e cada um deles recorre a um tipo distinto de tratamento. “Os tipos variam principalmente em termos de material, formato, volume e duração do tratamento. Cada tipo tem suas próprias indicações e contra-indicações, e a escolha mais adequada deve ser feita pelo médico, considerando o perfil e as necessidades do paciente”, salienta o médico.

Na prática, a colocação do é feita em uma clínica endoscópica com atendimento ambulatorial, na qual o paciente sedado para maior conforto. O médico utiliza um endoscópio para guiar o balão através da garganta até o estômago. Uma vez posicionado, é inflado com o líquido ou ar apropriado, e o tubo de inserção é removido. O procedimento completo dura cerca de 20 a 30 minutos, permitindo que o paciente retorne para casa no mesmo dia.

“Clinicamente, confirmo que o balão intragástrico é eficaz na perda de peso em pacientes com sobrepeso e obesidade. No entanto, o sucesso do tratamento depende da adesão a um programa de mudança de estilo de vida, incluindo orientação nutricional e atividade física regular. Os resultados variam, mas muitos pacientes perdem uma quantidade significativa de peso durante o período de seis meses a um ano em que esteja no estômago. Além da perda de peso, os pacientes relatam melhorias na qualidade de vida, níveis de energia e autoestima”, justifica o especialista.

Novamente a pauta do emagrecimento rápido, Mauro Jácome ainda esclarece que, apesar do balão instragástrico auxiliar na perda de peso, o paciente também tem boas responsabilidades. “Lembre-se de que a perda de peso saudável e sustentável requer comprometimento e apoio profissional. Com o auxílio adequado é possível seguir o caminho certo para alcançar seus objetivos de perda de peso e melhorar significativamente sua saúde e bem-estar”, finaliza.

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