Uma das formas mais interessantes – e deliciosas – de se conhecer um país é por meio de sua gastronomia. Descobrir novos sabores, texturas e ingredientes por meio de pratos típicos é um convite a mergulhar na cultura e história do local.

As diferenças gastronômicas entre os diferentes países se devem, justamente, pela atuação das variadas culturas que confluíram durante sua História. No Brasil, por exemplo, a comida tem forte influência dos povos indígenas, mas também dos africanos que vieram escravizados, dos europeus e até mesmo dos asiáticos.  

Assim, sendo um dos países mais ricos e diversos do mundo, os Estados Unidos é também o lar de diferentes comidas. “A gastronomia dos Estados Unidos é incrivelmente diversificada devido à influência de uma ampla gama de culturas e tradições culinárias”, conta o chef e consultor de cozinha Rodrigo Gavioli.

Gavioli enfatiza, ainda, que “a inovação e a criatividade também são características marcantes da gastronomia dos Estados Unidos, com chefs experimentando novas técnicas e ingredientes para criar pratos únicos e emocionantes”.

Os sabores queridinhos da América

Segundo um relatório da GitNux, os norte-americanos consomem, em média, 50 bilhões de hambúrgueres por ano. Não é à toa que a combinação de carne e pão – servido com diversos acompanhamentos como queijo, alface e tomate – e molhos diversos é considerado o símbolo do país. 

Contudo, não é apenas o sanduíche que pode ser considerado uma iguaria típica dos Estados Unidos. “Na culinária norte-americana, existem vários pratos tradicionais e populares que refletem a diversidade cultural do país”, ressalta o chef.

O consultor de cozinha cita como exemplo a pizza. “Embora originária da Itália, a pizza se tornou um prato extremamente popular nos Estados Unidos, com uma variedade de estilos regionais, como a pizza de Nova York e a pizza de Chicago”. Para dar uma ideia, a média de consumo no país é de 46 fatias de pizza  por pessoa a cada ano, segundo o relatório do GitNux. 

Há outras opções menos conhecidas dos brasileiros, mas igualmente populares entre os norte-americanos. Uma delas é o biscuit – uma espécie de pãozinho feito com farinha de trigo, fermento químico, leitelho e manteiga gelada, resultando em uma massa quebradiça e amanteigada – com molho de carne, servido com purê de batatas ou vegetais. 

“Além desses pratos tradicionais, outros populares incluem cachorros-quentes, macarrão com queijo (mac and cheese), sanduíches de manteiga de amendoim e geleia, tacos, costelinha de porco e waffles de frango”, enumera Gavioli.

Diferentes influências, diferentes sabores

Assim como o Brasil, os Estados Unidos também sofreram forte influência não apenas dos povos que ocuparam o território antes e após a colonização, mas também dos imigrantes. “Ao longo da história do país, imigrantes de diversas origens, como italianos, chineses, mexicanos, africanos, irlandeses e muitos outros grupos étnicos, contribuíram para a rica tapeçaria culinária americana”, explica Rodrigo Gavioli.

“Os imigrantes chineses trouxeram consigo técnicas de cozinha e ingredientes que deram origem a pratos como chow mein, lo mein e frango com brócolis”, exemplifica o consultor. 

Por ser um país extenso, as diferentes regiões dos Estados Unidos também têm suas próprias características gastronômicas. E a união da imigração com os distintos estados do país resultou na culinária que fez de lá um destino ideal para os foodies de plantão. 

Marcado pela imigração mexicana, o sudoeste dos Estados Unidos, por exemplo, é lar de pratos como burritos, nachos e tacos. O GitNux estima, inclusive, que cerca de 4,5 bilhões de tacos são vendidos a cada ano.

Já no sul do país, “a influência da culinária africana é evidente em pratos como gumbo, jambalaya e soul food, que incluem alimentos como frango frito, peixe grelhado, quiabo e milho”, ensina Gavioli.

Ele explica ainda que quem prefere opções à base de frutos do mar frescos ou de raízes europeias deve ter a costa leste como destino. Já no meio-oeste, o destaque são as carnes grelhadas e pratos de influência alemã. “Essa diversidade regional e étnica contribui para a variedade e autenticidade da gastronomia norte-americana, tornando-a verdadeiramente única e emocionante para explorar”, conclui. 

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