A cidade de Ananindeua, no estado do Pará, se estrutura para a instalação de uma usina solar que abastecerá os prédios e os bens públicos da administração municipal. Conforme descreveu a Prefeitura Municipal em seu site, esse empreendimento ocorre a partir de um contrato por meio de Parceria Público-Privada (PPP) e, na prática, converte luz solar em eletricidade usando células fotovoltaicas que são instaladas em telhados ou terrenos.

Como um todo, o sistema utiliza de suas placas solares para captar a luz e convertê-la em eletricidade. Para que isso ocorra, serão, inicialmente, cerca de R$ 30 milhões de investimento privado no município, a partir de um contrato com prazo de 25 anos e que atenderá mais de 330 unidades públicas.

O próximo passo é a assinatura deste documento, prevista para ser no início de janeiro de 2024. Concretizada, a empresa Energia Ananindeua, vencedora do processo licitatório, terá o prazo de um ano para concluir a construção e dar início à operação dos serviços.

“Este projeto de usina solar representa um grande passo para o município de Ananindeua e é um exemplo claro de como o setor público pode também liderar a transição energética. A energia solar é uma fonte limpa e sustentável, e estamos comprometidos em reduzir nossa emissão de carbono e economizar recursos públicos”, afirma o prefeito do município, Dr. Daniel Santos.

Para ele, a parceria público-privada permite realizar esse investimento significativo gerando economia para os cofres municipais, permitindo aporte em outras áreas essenciais, como saúde, educação, obras, entre outras. “Estamos olhando para o futuro, visando a economia, o meio ambiente e o bem-estar de nossos cidadãos. A assinatura deste contrato é um marco importante para Ananindeua”, completa o prefeito.

De acordo com o Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades (IPGC), órgão responsável pela estruturação do projeto, a implantação da usina irá impactar de forma positiva a produção energética municipal. A iniciativa ainda é vista como uma case de sucesso que pode ser replicada pelo IPGC.

“O projeto vai proporcionar uma economia de R$ 26 milhões aos cofres do município, além de uma redução de 643 toneladas de carbono na atmosfera anualmente. Esses indicativos participam do nosso estudo de viabilidade, elaborado por engenheiros e outros especialistas do IPGC. Esse projeto é uma referência não só para a região norte do país, como para todo o Brasil, no tocante à exploração das potencialidades naturais dos municípios de forma sustentável e eficiente”, explica Caroline Braga, coordenadora de projetos do IPGC.

Esse projeto ocorre no momento quando o Pará se prepara para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), prevista para novembro de 2025. Belém, capital do estado, sediará o encontro que deve reunir líderes políticos, especialistas e entusiastas ambientais para debates e recortes sobre os diferentes temas que partem da ecologia.

“A COP-30 afeta a agenda estratégica de eventos de todo o Pará e coloca a PPP de Ananindeua como um grande exemplo de prática sustentável por diferentes questões. Especialmente pela relevância de debatermos e implantarmos as opções de energia limpa frente a questões como créditos de carbono e até mesmo quanto a renovação das fontes energéticas mundiais”, endossa a coordenadora de projetos do IPGC.

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