O câncer de próstata é, ainda, um desafio no que se refere à saúde masculina no Brasil. Trata-se do segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, sendo superado apenas pelo câncer de pele não melanoma. No país, o número estimado de casos novos da doença no Brasil, para o triênio de 2023 a 2025, é de 71.730. Isso significa um risco estimado de 67,86 casos novos a cada 100 mil homens. As projeções são do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Com base nesse cenário, o Novembro Azul desempenha um papel importante em termos de conscientização sobre a saúde masculina, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata. Um dos incentivos é a realização dos exames de toque retal e o de sangue PSA (antígeno prostático específico), que são essenciais para a detecção precoce do câncer de próstata. A campanha, que teve início na Austrália, em 2003, é realizada anualmente em novembro em diversos países, como o Brasil.

De acordo com o Inca, as ações de controle do câncer não se restringem à prevenção, à detecção precoce, ao diagnóstico ou ao tratamento, mas envolvem também os cuidados paliativos.

De acordo com Isabela Veras Rios Lamounier, médica paliativista, por meio do gerenciamento dos sintomas, apoio emocional e enfrentamento dos desafios associados ao tratamento do câncer, os cuidados paliativos desempenham um papel importante em termos de melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

“No caso das pessoas que passam por hospitalizações frequentes, podem haver benefícios. Em situações de problemas de saúde complexos e recorrentes, a assistência paliativa pode ajudar a coordenar os planos de cuidados e lidar com o impacto físico e emocional causado pelas hospitalizações”, afirma a médica.

De acordo com a especialista, as equipes de cuidados paliativos auxiliam pacientes e suas famílias na tomada de decisões, especialmente quando enfrentam escolhas sobre tratamentos agressivos e cuidados relacionados ao encerramento do ciclo de vida. “Eles se concentram no controle de sintomas, no suporte emocional e na comunicação sobre os objetivos de cuidados, garantindo que os pacientes e suas famílias recebam o atendimento abrangente e assistência durante os momentos difíceis”, explica.

Segundo Isabela Veras, os cuidados paliativos ocorrem juntos, muitas vezes, em paralelo ao atendimento dos médicos que acompanham os casos dos pacientes, como cardiologistas, oncologistas e neurologistas.

Multinacional de saúde expande com unidades de cuidados paliativos no Brasil

Em Belo Horizonte (MG), a Versania Brasil, empresa da multinacional espanhola Keralty, inaugurou uma clínica especializada em cuidados paliativos (Hospice) e reabilitação. O espaço, que conta com certificação internacional de qualidade e segurança do paciente, está localizado na rua Denver, 190, bairro Santa Lúcia.

A linha de cuidados paliativos da clínica segue uma abordagem multidisciplinar e integrada de cuidados médicos e psicossociais com foco na qualidade de vida do paciente mesmo diante de doenças graves, avançadas ou incuráveis.

A nova clínica da Versania —que tem unidades também em São Paulo, Santo André (SP) e Curitiba (PR)— adota um conceito de hotelaria hospitalar com estrutura e metodologia internacional de cuidados. Ao todo serão 63 leitos, dos quais 14 para cuidados paliativos e 49 para reabilitação. A unidade possui suítes, consultórios clínicos, espaços especializados, como ambulatório de cuidados paliativos, sala de curativo, setor de nutrição, sala de paz, espaço ecumênico, dentre outros.

De acordo com o CEO da Versania Brasil, Márcio Mascarenhas, o complexo também foi projetado para proporcionar acessibilidade. A estrutura conta com dois elevadores sociais e um elevador de macas. O estacionamento tem 23 vagas. No sétimo andar, os pacientes poderão utilizar uma cozinha gourmet, integrada ao espaço de convívio e socialização, com vista panorâmica da cidade. A ambientação, inspirada nas raízes mineiras, remete à “cozinha de fazenda”.

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