Descarbonização, desafios nas fronteiras e escassez de motoristas foram os temas principais discutidos no Fórum de Transporte da América do Norte da IRU em Cancun, México. Hospedado pelo membro da IRU, CANACAR, durante sua Convenção Nacional no final do ano passado, e em parceria com as Associações de Caminhoneiros Americanos e a Aliança de Caminhoneiros do Canadá (CTA), o Fórum de Transporte da América do Norte marcou o 75º aniversário da IRU.

O evento, patrocinado pelo Circuito Exterior Mexiquense, contou com a participação do Presidente da IRU, Radu Dinescu, do Presidente da ATA, Dan Van Alstine, do Presidente da Associação de Caminhoneiros de Ontário, James Steed, e do Vice-Presidente da CANACAR, Israel Delgado, para um debate interativo com líderes proeminentes da indústria do Canadá, México e Estados Unidos.

As discussões concentraram-se em questões urgentes, incluindo descarbonização, escassez de motoristas, veículos autônomos, desafios nas fronteiras e programas de segurança. Regulamentações e iniciativas de descarbonização, como o impulso da Califórnia em direção aos veículos elétricos, são buscadas sem considerar os desafios relacionados a estações de carregamento, produção de eletricidade e custos dos veículos.

Tais ações são especialmente problemáticas para empresas de transporte de fora dos Estados Unidos que realizam operações transfronteiriças, pois elas não têm acesso a incentivos e créditos. Os palestrantes enfatizaram a necessidade de preservar opções tecnológicas essenciais, incluindo baterias elétricas, células de combustível de hidrogênio e motores a combustão baseados em combustíveis neutros em carbono ou hidrogênio.

As discussões também se concentraram na necessidade de manter as fronteiras abertas e o tráfego fluindo eficientemente. Os recentes fechamentos nos pontos de entrada no Texas foram considerados irracionais, insustentáveis e uma ameaça às cadeias de abastecimento norte-americanas essenciais para a prosperidade econômica doméstica e regional.

Para o especialista Luis Campos, a infraestrutura de fronteira deve ser utilizada de maneira mais eficiente por meio do uso combinado de automação e aumento de pessoal, minimizando atrasos e congestionamentos. Sobre a escassez de caminhoneiros, ele acrescenta: “há necessidade de melhorar as condições de trabalho e o treinamento, bem como atrair potenciais motoristas de diversos grupos demográficos”.

A escassez de motoristas, prevista para piorar sem ação, já está prejudicando transportadoras que lutam para encontrar motoristas para atender à demanda, causando perturbações nas cadeias de abastecimento em toda a América do Norte e no mundo.

 

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