O volume de serviços na Paraíba apresentou, no mês de agosto, a maior taxa de crescimento da Região Nordeste, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), que foram divulgados, nesta terça-feira (17), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Paraíba registrou expansão de 8,4% em agosto sobre o mesmo mês do ano passado, bem acima da média do País (0,9%).
Na Região, além da Paraíba (8,4%), os maiores crescimentos vieram do Maranhão (6,6%) e de Sergipe (4,7%). O Estado de Pernambuco (-3,2%) foi o único com variação negativa em agosto sobre o mesmo mês do ano passado.
No acumulado de janeiro a agosto deste ano, a taxa da Paraíba no setor de serviços permanece acima de dois dígitos, alcançando 12,5% de crescimento. É a segunda maior taxa nacional, atrás apenas de Mato Grosso (18%). Já no acumulado de janeiro a agosto do País, a expansão é de 4,1% este ano.
Frente a agosto de 2022, a expansão do volume do setor de serviços ocorreu em apenas duas das cinco atividades de divulgação e contou ainda com crescimento em 49,4% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, os profissionais, administrativos e complementares exerceram o principal impacto positivo, seguidos por informação e comunicação. Estes setores foram impulsionados pelas atividades de limpeza; locação de automóveis; serviços de engenharia; atividades jurídicas; e cobranças e informações cadastrais, no primeiro setor; e telecomunicações; desenvolvimento e licenciamento de softwares; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; distribuição cinematográfica, de vídeo e de programas de TV; e desenvolvimento de programas de computador sob encomenda, no último.
No índice acumulado no ano, frente a igual período de 2022, o setor de serviços apresentou expansão em quatro das cinco atividades de divulgação apontando taxas positivas e crescimento 58,4% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, a contribuição positiva mais importante ficou com o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio. Os demais avanços vieram de informação e comunicação; de serviços profissionais, administrativos e complementares; e de serviços prestados às famílias. Em contrapartida, os outros serviços (-0,4%) exerceram a única influência negativa no acumulado no ano.
A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE passou neste ano de 2023 por atualizações na seleção da amostra de empresas, ajustes nos pesos dos produtos e das atividades, além de alterações metodológicas, para retratar mudanças econômicas na sociedade.
A PMS produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços do país e dos Estados, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, mas excluídas as áreas de saúde e educação. Ao lado da administração pública, os setores de serviços e de comércio têm os maiores pesos na composição do PIB do País e dos Estados.
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