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Psicologia do Luto: especialista diz como lidar com as perdas repentinas

Segundo psicóloga, o processo do luto é dividido em diferentes fases.

Quando se fala de luto, a maioria das pessoas já relacionam à morte. Entretanto, luto não se limita apenas a isso, mas, também, ao enfrentamento de perdas reais e simbólicas no desenvolvimento humano. Esse processo se caracteriza como uma reação à perda e é um processo natural e constante ao longo da vida.

A psicóloga Márcia Candelária, mestre em Psicologia Clínica e docente do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Campina Grande ressalta que, segundo pesquisadores da área, o processo do luto se divide em fases. “As pessoas podem passar por algumas etapas: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. É importante destacar que esses estágios não são lineares e podem se sobrepor ao longo do processo”, explicou.

Mesmo sendo uma certeza para todos os seres humanos, a ideia da morte ainda é um desafio, pois, segundo Candelária, trata-se de algo desconhecido. “O envelhecimento e a ideia de perda é algo que a sociedade atual rejeita radicalmente – há uma perpetuação no imaginário das pessoas que é possível se manter jovem a todo custo. Não paramos para pensar no processo do morrer e não é um assunto muito falado na maioria dos espaços. A morte, geralmente, é vista como um mal a ser combatido”, reflete a psicóloga.

Candelária pontua até que ponto uma pessoa que está atravessando um período de luto tende a desencadear um problema psicológico mais grave. Inicialmente, a pessoa vive um estado de melancolia, caracterizado por momentos de tristeza e pouca conversa com parentes e amigos. Os casos mais prolongados são mais preocupantes. “A pessoa passa a se recriminar e a se culpar pelo que perdeu. No luto, o mundo se empobrece”, sublinha.

Márcia ressalta que não há uma “cura” para o luto, entretanto, a psicologia busca dar um suporte para que a pessoa enlutada reencontre novos caminhos e siga a vida. “É possível elaborar a dor do luto sem que ela machuque tanto e transformar em uma memória afetuosa. A pessoa precisa se permitir a abrir novos investimentos que possam, em certa medida, substituir aquela alegria que tinha ao lado da pessoa falecida. O processo de luto é um redimensionamento das fantasias e defesas do psicológico em busca de um novo equilíbrio de forças”, argumenta Márcia candelária.

Francisco

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