Preso por sequestrar e abusar de uma menina de 12 anos em Brasília, Daniel Moraes Bittar, de 42 anos, planejava cometer o crime com outra criança, de 13 anos. A informação é do delegado João Guilherme Medeiros, responsável pelo caso. Segundo Medeiros, o analista de TI foi visto rondando o imóvel da menina de 13 anos no início da última semana.
“Ele mirava outra adolescente, que já era conhecida da sua cúmplice, Gesiely de Sousa Vieira” — disse o delegado. — O planejamento criminoso era, primeiramente, focado nessa menina. Nós conseguimos filmagens dele rondando a casa dela. Mas, por alguma razão que ainda estamos tentando esclarecer, eles mudaram de ideia e foram a uma escola, onde sequestraram uma estudante.
A menina de 12 anos foi sequestrada às 12h30, na última quarta-feira, quando ia para a a escola, em Luziânia, Goiás. Ela foi abordada por duas pessoas que estavam em um carro preto. Na ação, Daniel agarrou a menina e a colocou à força no veículo. A mulher, que estava no banco de trás, dopou a vítima com um produto químico. Eles chegaram a tentar usar uma fita na boca da menina, mas ela vomitou.
— Mesmo desacordada, ela estava vomitando. Então, os dois resolveram apenas algemar os pés e mãos dela. A colocaram dentro de uma mala de viagens, que foi depositada no porta-malas. Daniel então deixou a cúmplice na casa dela e seguiu para a residência dele — explicou o delegado.
A polícia recebeu a notificação do desaparecimento ainda no início da tarde de quarta-feira. Os oficiais chegaram ao apartamento do criminoso por volta das 23h30. A menina estava em cima da cama de Daniel, ainda com os pés algemados, e apresentava escoriações pelo corpo. Aos agentes, ela disse que ele usou uma faca para rendê-la. O analista foi preso em flagrante e, na quinta-feira passada, a mulher apontada como cúmplice também foi presa.
Tortura e pornografia
No local, foram apreendidos máquinas de choque, câmeras, objetos sexuais e material pornográfico. Uma estufa usada para produção de maconha e um galão com clorofórmio, produto utilizado para dopar a vítima, também foram encontrados no imóvel. A polícia suspeita que Daniel tenha registrado cenas do abuso em vídeo.
“Agora, a prisão dos dois foram convertidas em preventiva, ou seja, eles permanecem presos. O caso está praticamente fechado, mas continuamos investigando para ver se há outras vítimas dessa dupla, ou apenas dele. E se eles têm algum envolvimento com grupos ou redes de pedofilia” — destacou o delegado. — Ele já tinha passagem por desacato, mas ela não tinha nada.
Fonte: Extra
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