O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (11) que vai comprar um avião para a Presidência da República, além de outras aeronaves a serem usadas pelos ministros. Segundo Lula, a decisão faz parte de uma “lição” que ele tirou após a aeronave que o transportava do México para o Brasil apresentar um problema técnico e precisar realizar um pouso de emergência.
“Desse problema tiramos uma lição: vamos comprar não apenas um avião, mas alguns aviões […]. Precisamos nos preparar. Pedi para que Ministro da Defesa nos faça uma proposta. Vamos comprar um avião para o Presidente da República”, declarou Lula, em entrevista concedida a uma rádio em Fortaleza. O presidente completou que a aquisição não é direcionada para ele ou qualquer outro nome, mas para a “instituição, quem quer que seja eleito presidente”. Além disso, Lula ressaltou a intenção de adquirir outras aeronaves, “porque é preciso os ministros viajarem”.
O avião da FAB (Força Aérea Brasileira) que transporta Lula e uma comissão formada por ministros e outras autoridades conseguiu pousar em segurança na Cidade do México às 22h16 de terça-feira (1º) após cinco horas de sobrevoo. A aeronave apresentou um problema técnico depois de decolar da capital mexicana com destino ao Brasil e precisou gastar o combustível no ar para poder fazer o pouso.
O Airbus A319, chamado de VC-1 pela FAB, é o avião presidencial brasileiro desde 2005. À época, ele custou US$ 56,7 milhões. No entanto, uma aeronave semelhante, mas atualizada, custa atualmente cerca de US$ 87,7 milhões (ou R$ 500 milhões).
Lula relatou que a situação foi inédita na experiência dele. “Quando a gente estava andando na pista, o barulho já estava diferente. Quando levantou voo, aconteceu alguma coisa porque o avião estava com um ronco diferente, trepidava muito”. O presidente disse ter ido à cabine falar com o piloto e que a tripulação estava nervosa, “vendo como é que iriam sair daquela situação”.
Com a necessidade de esvaziar o tanque, Lula pediu para que o almoço fosse servido. “Fiz até uma brincadeira estúpida, dizendo que era preciso comer porque não sabíamos se ia ter comida no céu”, brincou.
Segundo nota da FAB, os procedimentos para solução do problema foram feitos ainda no ar. “Realizados, com sucesso, os procedimentos de segurança para solução do problema apresentado, os pilotos aguardam o consumo de combustível necessário para que a aeronave retorne ao mesmo aeródromo da decolagem”, disse, em nota, a FAB.
Também estavam no avião o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galipolo, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos.
Com R7.com
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