A Justiça Federal determinou que os bens apreendidos na investigação do caso Braiscompany, empresa paraibana suspeita de crimes contra o sistema financeiro, devem ser leiloados mais uma vez. O primeiro leilão, realizado de 28 de junho a 6 de julho, não registrou interessados. A decisão do juiz Vinícius Costa Vidor, da 4ª Vara Federal, foi publicada nesta segunda-feira (10).
Na relação de bens leiloados estão três veículos de luxo e duas motos aquáticas. Caso não apareçam compradores, um segundo momento do leilão ocorrerá até o dia 17 de agosto.
O novo leilão será realizado no dia 10 de agosto, às 9h. Os bens que já foram objeto do primeiro leilão “poderão ser arrematados por preço não inferior a 80% do valor da avaliação”. Já uma das motos aquáticas, avaliada em R$ 95 mil, que ainda não havia sido incluída no leilão, poderá ser arrematada pelo preço da avaliação.
Relação dos bens penhorados
1) PORSCHE CAYENNE PHEV DE COR AZUL, ANO 2021/2022: Avaliado em R$ 745.000,00, em ótimo estado de uso e conservação.
2) I/LR EVOQUE PURE P5D ANO E MODELO 2014: Placa OYY2H07, combustível gasolina, cor vermelha. Avaliado em R$ 120.000,00.
3) I/RAM 2500 LARAMIE, placa RHG5D57, cor branca, ano e modelo 2021: Combustível diesel, cabine dupla, hodômetro marcando 29060 km. Carro em ótimo estado de uso e conservação, avaliado em R$ 420.000,00.
4) Embarcação motoaquática, modelo GTI SE 155: Inscrição 201M2014000172, ano de fabricação 13/01/2014, fabricante SEADOO, comprimento total 3,37cm, cor preto e laranja, em bom estado de conservação e avaliado em R$ 70.000,00.
5) Embarcação motoaquática, Jet Ski Seadoo 170 GTI SE, Rico: Número de inscrição 201M2022000156, cinza/prata, data de inscrição: 09/02/2022, com 11,5 Hr de uso, em excelente estado de uso e conservação. Avaliado em R$ 95.000,00.
Segundo a decisão, pessoas físicas e jurídicas com situação regularmente constituídas podem concorrer à compra dos bens leiloados.
Ainda conforme a Justiça, os leilões devem acontecer virtualmente. Para participar, é preciso se cadastrar no site do leilão com pelo menos 72 horas de antecedência.
Servidores do setor de leilões da 4ª Vara Federal de Campina Grande, junto com o leiloeiro público oficial, estarão disponíveis para esclarecer dúvidas dos interessados.
A Braiscompany se envolveu em uma polêmica financeira com suspeita de atraso de pagamentos de locação de ativos digitais para clientes. Denúncias feitas nas redes sociais deram início ao caso, que desde o dia 6 de fevereiro passou a ser investigado também pelo Ministério Público da Paraíba.
Idealizada pelos sócios Antonio Neto Ais e Fabrícia Ais, a Braiscompany é especialista em gestão de ativos digitais e tecnologia blockchain. Os clientes convertiam seu dinheiro em ativos virtuais, que eram “alugados” para a companhia e ficavam sob gestão dela pelo período de um ano. Os rendimentos dos clientes representavam o pagamento pela “locação” dessas criptomoedas.
Fonte: G1/PB
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