Categories: DestaquePolicial

Juiz nega pedido de prisão contra padre Egídio, investigado por desvios de recursos em hospital

Padre Egídio teria recebido mais de R$ 4,4 milhões em transferências de contas das instituições para suas contas pessoais.

A Justiça negou pedido de prisão contra o padre e ex-diretor do Hospital Padre Zé, Egídio de Carvalho Neto, no âmbito da investigação que apura desvios de recursos da unidade hospitalar. O pedido de prisão preventiva foi feito pelo Gaeco e negado pelo juiz da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, José Guedes Cavalcanti Neto. 

Os pedidos tinham como alvos, além do padre, a ex-tesoureira da instituição Amanda Duarte, e a ex-diretora administrativa Jannyne Dantas. A decisão é da última quinta-feira, dia 30. Os três foram alvos recentes de busca e apreensão durante a primeira fase da Operação Indignus.

De acordo com as investigações, após a análise do material apreendido na primeira fase da operação, os investigadores identificaram mais indícios da prática de desvios e de confusão entre o patrimônio das entidades e de investigados. Há também suspeitas de pagamento de propina e de compra de bens por parte do Hospital, que teriam sido repassados a terceiros. 

A investigação descobriu, por exemplo, que o ex-diretor padre Egídio teria recebido mais de R$ 4,4 milhões em transferências de contas das instituições para suas contas pessoais, no período de 2021 a 2023; assim como cerca de R$ 3 milhões em pagamentos em espécie e outras transferências.

Há ainda o relato de que ele seria dono, de fato, de pelo menos 29 imóveis – e de utensílios caros que não seriam compatíveis com os seus rendimentos. Alguns dos imóveis foram visitados pelo Gaeco na primeira fase da Indignus.

Após as buscas, o Gaeco identificou ainda que nos celulares apreendidos alguns alvos teriam combinado mudanças de aparelhos e senhas, indícios de que poderiam estar tentando apagar rastros e/ou dificultar o andamento das investigações.

Apesar das suspeitas, na decisão o magistrado considerou não existirem fundamentos para decretação das prisões preventivas.

O juiz foi o mesmo que determinou a prisão de Samuel Segundo, ex-funcionário do hospital, no caso em que apura o furto de aparelhos celulares da instituição. Ele foi solto posteriormente após a decretação de medidas cautelares. 

Com o Jornal da Paraíba.

Francisco

Recent Posts

Relatório anual de tendências da Hilton prevê que 2025 será o “Ano de Maximizar as Viagens”

As tendências, que vão desde viagens ativas ou preguiçosas até viagens com amigos do trabalho,…

1 hora ago

Todos os munícipos da Paraíba passam a contar com sinal 5G a partir desta segunda-feira (30)

A partir desta segunda-feira (30), todos os municípios da Paraíba estarão aptos a receber o…

10 horas ago

Adolescente é preso, pela sexta vez no ano, suspeito de assaltos em João Pessoa

A Polícia Militar (PM) prendeu pela sexta vez somente neste ano, um adolescente que estaria…

10 horas ago

Recurso contra prisão de Lauremília Lucena será julgado pelo TRE na próxima segunda

O juiz federal Bruno Teixeira de Paiva, do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), encaminhou…

11 horas ago

Projeto cria multa para quem carrega e usa drogas em ambientes públicos

O Projeto de Lei 2771/24 institui multa de um salário mínimo (atualmente, R$ 1.412) pelo…

11 horas ago

Candidato a vereador é preso em flagrante na Região Mtropolitana de João Pessoa

Um candidato a vereador foi preso em flagrante nesse sábado (28), suspeito de tráfico de…

11 horas ago