“Injustiça e impunidade”, diz família de motoboy morto em CG sobre adiamento de júri

O júri do motoboy Ayrton Luiz Coutinho foi adiado na manhã desta quarta-feira (29) após a defesa do acusado colocar um atestado médico e o réu não ter sido localizado pela Justiça. Ayrton Luiz, de 22 anos, era entregador de lanches e foi morto no dia 22 de fevereiro de 2018 em Campina Grande, Agreste da Paraíba. O acusado do crime foi identificado como Gilberto Medeiros de Brito. 

De acordo com a irmã da vítima, Jéssica Coutinho, o assessor do juiz responsável pelo caso informou que a audiência provavelmente será remarcada para fevereiro de 2024. Ainda conforme informações do assessor repassadas para a família, a intimação do réu em 2024 deve ocorrer por meio de edital, sendo assim, a audiência será realizada com ou sem a presença do acusado. 

“Vamos rezar e torcer para que tudo dê certo no próximo ano. Está todo mundo muito triste”, lamentou a irmã da vítima.

Relembre o caso

Imagens de um circuito de segurança, em Campina Grande, mostram o trajeto desde a volta de Ayrton Luiz Coutinho até o local de trabalho. Em um dos trechos da gravação, a moto aparece perseguindo um carro e o motociclista joga uma pedra no veículo. O motorista desce e revida com uma pedrada.

É possível perceber quando eles retornam na mesma rua, mas agora é o carro que persegue a moto. Depois disso, imagens de outra rua mostram o momento que o carro em alta velocidade atinge a moto.

Ayrton Luiz foi socorrido para o Hospital de Trauma de Campina Grande, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Na época, a polícia interrogou o motorista do carro, Gilberto Medeiros de Brito, que afirmou que houve a discussão, mas que não teve a intenção de cometer o crime. Após o acidente, além de não ter prestado socorro à vítima no dia do crime, o motorista vendeu o carro logo em seguida para tentar ocultar as provas.