Geovane de Lima Galdino Silva foi condenado neste segunda-feira (3) a 28 anos de prisão pelo assassinato da adolescente trans, Renata Ferraz, em 2022. O julgamento aconteceu no Tribunal de Júri de Patos, no Sertão da Paraíba, e ele foi enquadrado no crime de homicídio qualificado.
O júri imputou quatro qualificadoras na sentença, entre: motivo torpe, meios cruéis, impossibilidade de defesa da vítima e acréscimo de 1/6 da pena por a vítima ser transexual, que judicialmente corresponde a feminicídio.
Segundo a defesa de Geovane de Lima, o homem está preso em uma penitenciária do Rio Grande do Sul, onde vai cumprir a pena. A advogada Ellida Karituanna informou que vai analisar em conjunto com a família do condenado a possibilidade de recorrer da decisão.
A partir de denúncias, e com o trabalho de inteligência da Polícia Civil da Paraíba e do Rio Grande do Sul, o mandado de prisão contra Galdino Silva foi cumprido em 4 de julho do ano passado.
O caso
O corpo de Renata Ferraz foi encontrado em uma estrada na saída para cidade de São José de Espinharas, no Sertão paraibano, em estado de decomposição. O corpo dela foi reconhecido pelo pai. Ela estava desaparecida desde o dia 17 de abril de 2022, e no dia 18, a família chegou a registrar o caso na Polícia Civil de Patos. O corpo foi encontrado no dia 19 de abril.
No dia 24 de abril de 2022, a Polícia Civil da Paraíba prendeu um dos suspeitos que teve participação ativa no crime. Flávio da Silva Ferreira foi condenado a 19 anos pela morte de Renata Ferraz. O outro suspeito, Geovane de Lima Galdino Silva, condenado nesta terça-feira (3), ficou pouco mais de um ano foragido da Justiça.
O veículo em que a vítima foi levada foi encontrado e passou por perícia, e uma faca, que possivelmente foi usada na ação, também foi encontrada. A suspeita é de que a motivação do crime teria sido porque a esposa de Geovane teria descoberto que ele tinha um caso com a vítima.
Os dois homens teriam encontrado Renata e ido para outro lugar, onde vítima e suspeito discutiram e a morte aconteceu. Para a Polícia Civil, o crime já estava premeditado apesar da discussão, porque o suspeito foi acompanhado e levou uma faca.
Com o G1/PB.
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