CNH suspensa: mais de 1,5 mil motoristas perdem documento na PB

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) informou nesta quarta-feira (22) que 1.582 motoristas tiveram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa em 2023 por acúmulo de pontuação em seus respectivos prontuários na Paraíba. Em comparação com 2023, o número corresponde a uma fatia de 69% do total de carteiras suspensas no ano passado – com 2.293 ocorrências. 

A coordenação do Registro Nacional de Carteira de Habilitação (Renach) detalhou que entre as penalidades administrativas impostas a esses condutores está a possibilidade de suspensão da CNH – que pode variar de dois a 12 meses. Nesses casos, a autorização para continuar dirigindo ocorre apenas com curso de reciclagem após cumprimento do prazo. Quem for flagrado dirigindo com a carteira suspensa tem o documento cassado por dois anos e só pode voltar a dirigir após dar entrada no processo.

O coordenador do Renach, Dilo Alves, informou ao portal que “o curso de reciclagem pode ser feito durante o período da suspensão. Além do curso é necessário uma prova de legislação sobre o conteúdo estudado na reciclagem”. E completa: “No caso da cassação, após 2 anos, o condutor poderá iniciar uma reabilitação”.

Como funciona a suspensão por pontuação?

A suspensão por pontuação ocorre quando em 12 meses seguidos o condutor atingir 40 pontos. Na distribuição das infrações, se houver uma de natureza gravíssima a suspensão iniciará quando o mesmo chega aos 30 pontos. No ntando, caso haja no período de um ano duas ou mais infrações de natureza gravíssima, a suspensão ocorrerá a partir de 20 pontos.

Conscientização

Ao Portal T5, Abimadabe Vieira, observadora certificada pelo Observatório Nacional de Segurança Viária, ressaltou a importância da educação para que os índices recuem. Ela cita, por exemplo, o fato de dirigir sob influência de álcool – considerada uma infração gravíssima, que além de multa acarreta na suspensão do direito de dirigir após finalização de processo administrativo.

“Nós precisamos trabalhar uma política pública de trabalho antes que as pessoas peguem no volante de forma consciente, sem irregularidades. E isso, a nível da campanha antitabagismo. Um combate forte, vindo de cima, do Governo Federal”, diz.

Abimadabe, que atua como coordenadora da Educação para o Trânsito da Semob em Cabedelo, frisa que a “influência do álcool no trânsito é muito forte”. “Além da doença que muitas pessoas têm e ignoram, mas vamos além, por conta da facilidade que eles têm de consumir a bebida e sair livremente”, finaliza.

Com Portal T5