Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensao nos municipios de Campina Grande e Lagoa Seca na Paraiba. Foto Reproducao. 41
Padre Egídio de Carvalho chegou no local por volta das 10h acompanhado por três advogados. Foto: Reprodução.

O ex-diretor do Hospital Padre Zé, Padre Egídio de Carvalho, prestou depoimento nesta sexta-feira (6) na sede do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, em João Pessoa. O religioso é investigado na Operação Indignus, que apura desvios de recursos dentro da unidade hospitalar.

Padre Egídio, que estava em Recife, no Estado de Pernambuco, chegou ao local por volta das 10h acompanhado por três advogados. A informação é de que a defesa do Padre Egídio não havia avisado aos coordenadores do Gaeco que iria se apresentar hoje. 

A apresentação do ex-diretor do Padre Zé acontece um dia depois de o Gaeco, junto com a Polícia Civil da Paraíba, Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba e Controladoria-Geral do Estado da Paraíba deflagraram a “Operação Indignus”. Na ocasião, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão para investigar o suposto esquema de desvio de verbas do Hospital Padre Zé. 

O principal alvo da investigação é o padre Egídio de Carvalho. Além dele, foram alvos da operação Jannyne Dantas, ex-diretora administrativa do Hospital Padre Zé, e Amanda Duarte, ex-tesoureira da unidade hospitalar filantrópica.

A força-tarefa que deflagrou a operação tem como objetivo apurar os fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana/ASA. Segundo as investigações há indícios de possíveis desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e pagamento de propinas a funcionários vinculados às referidas entidades.

As irregularidades no Hospital Padre Zé começaram a ser investigadas quando mais de 100 aparelhos celulares foram furtados da instituição. Esse caso foi tornado público em 20 de setembro. A denúncia, no entanto, foi feita em agosto e imediatamente um inquérito policial foi aberto. Um suspeito, inclusive, chegou a ser preso, mas responde em liberdade e cumpre medidas cautelares.

Padre Egídio deixou a direção do hospital logo após a denúncia sobre o furto de celulares. Os celulares foram doados pela Receita Federal, oriundos de apreensões, e seriam vendidos em um bazar solidário para comprar uma ambulância com UTI e um carro para distribuição de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade.