O evento, reunindo gestores de saúde das maiores instituições brasileiras e a delegação britânica, foi realizado no auditório do SindHosp para compartilhar experiências e informações sobre o sistema de saúde britânico, o NHS.

Compareceram o cônsul geral britânico em São Paulo, Jonathan Knott e uma delegação composta por especialistas e representantes de empresas e instituições do NHS.

No encontro, foram apresentadas soluções em funcionamento no NHS para inovação tecnológica, interoperabilidade dos sistemas, registro único e unificado do prontuário de pacientes em todo país. Especialistas do NHS destacaram a telemedicina e o uso da inteligência artificial para operacionalidade do sistema de saúde. As inovações garantem acesso dos dados de pacientes em tempo real em qualquer parte do país. A experiência do paciente, do corpo clínico e gerencial é melhor.

Reconhecido internacionalmente como um dos melhores sistemas de saúde do mundo em termos de custo-benefício e acesso, o National Health System (NHS) britânico é um modelo integrado de cuidado focado no paciente, desenvolvido há mais de 75 anos. O sistema reúne expertise em financiamento, política e estratégia, regulamentação e diretrizes clínicas.

Inspirado no NHS e com valores comuns, o Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil é o maior sistema de saúde financiado pelo Estado no mundo. A colaboração entre essas nações converge em desafios que são comuns a suas instituições, como o envelhecimento das populações e o aumento de doenças crônicas, como diabetes e doenças cardíacas.

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O presidente da Fehoesp e SindHosp- Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Labortórios do Estado de São Paulo, Francisco Balestrin, destacou que o Reino Unido e o Brasil têm muito em comum . “ O SUS foi criado em 1990, pela Lei 8080, sendo o maior sistema público de saúde do mundo com atendimento de 212 milhões de pacientes. E sua origem foi espelhada no sistema britânico, que se destaca pela sua universalidade e integralidade”, destaca.  Ele disse que nesse momento que o SUS prepara sua transformação digital, trocar experiências com o NHS pode trazer grandes contribuições.

Intercâmbio de conhecimentos

As demandas de saúde nos setores público e privado estão crescendo, ao passo que novas descobertas médicas se concentram no diagnóstico precoce e no tratamento do câncer e de outras doenças não-transmissíveis. A longa tradição de iniciativas conjuntas do país com o Reino Unido inclui parcerias público-privadas, e missões que fomentam o intercâmbio de conhecimento.

O governo britânico, por meio de seu time no Brasil, trabalha com diferentes níveis do governo brasileiro, compartilhando melhores práticas e promovendo parcerias estratégicas. O Reino Unido tem investido fortemente em saúde digital, incluindo telemedicina, Inteligência Artificial (IA) e análise de dados, com soluções digitais e monitoramento remoto, implementados para os pacientes passarem menos tempo nos hospitais. A tecnologia tem crescido na área de prevenção, com novos modelos de cuidado, IA para diagnóstico, terapias digitais e soluções de gerenciamento de saúde comportamental.

Nesses campos de atuação, o Reino Unido pode oferecer diversas inovações em saúde, como cirurgias robóticas, IA em diagnósticos, cuidados primários com “enfermarias virtuais”, novos tratamentos genômicos e treinamento profissional com métodos inclusivos.

A agenda da delegação britânica no Brasil

A equipe do governo do Reino Unido no Brasil convidou uma delegação de organizações e prestadores de serviços de saúde para participar de uma semana de missão comercial. Com o objetivo de facilitar a conexão de empresas britânicas que prestam serviços ao NHS com partes brasileiras interessadas nas capacidades comerciais das organizações do NHS e empresas de saúde digital, a agenda inclui reuniões e visitas aos hospitais de São Paulo e a participação no International Hospital Federation (IHF) World Congress 2024.

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