O policial militar lotado no estado do Ceará, suspeito de assassinar o estudante Ramon Pedro de Sousa, de 25 anos, foi indiciado por homicídio doloso qualificado por motivo fútil e por recurso que dificultou a defesa da vítima. O crime ocorreu após uma festa no dia 3 de dezembro deste ano, no município de Uiraúna, Sertão da Paraíba. 

De acordo com a Polícia Civil da Paraíba, foram indiciadas também as mulheres que aparecem no vídeo da câmera de segurança, suspeitas de omissão de socorro e favorecimento pessoal. O caso agora vai ser analisado pela justiça.

Conforme o delegado Rafael Miranda Bianchi, foi entendido que o crime foi cometido com a intenção de matar. As duas mulheres que aparecem nas imagens que flagraram o crime foram até a casa do policial militar, que fica a 50 metros do ocorriod, e lá ficaram até as 10 horas da manhã, numa demonstração de cumplicidade com relação ao assassinato.

Relembre o caso 

De acordo com a Polícia Civil, o policial, identificado apenas como Yuri, de 28 anos, é paraibano, e teve a prisão preventiva decretada na segunda-feira após se apresentar na Central de Polícia de Cajazeiras, acompanhado do advogado. Durante depoimento, segundo o delegado Rafael Bianchi, o policial militar relatou que “ele não confessou o crime, se diz inocente e alegou legítima defesa”.

As mulheres que também aparecem no vídeo no dia do crime e que presenciaram a morte do estudante foram ouvidas e relataram que não o conheciam. Entretanto, isso foi desqualificado pelo próprio delegado.

O crime 

De acordo com a Polícia Civil, Ramon Pedro de Sousa retornava de uma festa de emancipação política da cidade, quando foi surpreendido pelo agente que se aproximou da vítima e efetuou os disparos. Toda a ação foi flagrada por uma câmera de segurança. 

As imagens mostram o momento em que o suspeito aparece correndo, empurra a vítima e atira. Duas mulheres que estavam passando pela rua presenciaram o crime e correm. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada até o local, mas a vítima já estava em óbito.

O delegado Rafael Miranda Bianchi falou sobre o caso.