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A medida foi tomada devido à quantidade insuficiente de médicos. Foto: Reprodução/CRM-PB.

O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) anunciou, nesta quinta-feira (16), a interdição ética do trabalho dos médicos que atuam no setor de obstetrícia do Hospital e Maternidade Padre Alfredo Barbosa, em Cabedelo, na Paraíba. A medida foi tomada devido à quantidade insuficiente de médicos, identificada após fiscalização realizada pelo CRM-PB.

Segundo o CRM-PB, o departamento de fiscalização do órgão constatou que há plantões com apenas um médico na maternidade e alguns sem nenhum médico, principalmente nos finais de semana. O CRM-PB esteve no hospital no início da semana passada, constatou a situação e concedeu um prazo de cinco dias para a resolução do problema. Em resposta, a diretoria técnica do hospital apresentou uma nova escala completa no dia 9 de novembro, garantindo o preenchimento adequado do quadro de profissionais.

Em uma visita subsequente realizada nesta quinta-feira (16), a equipe de fiscalização do CRM-PB verificou que a escala apresentada anteriormente não estava sendo cumprida, resultando em um déficit de profissionais na maternidade. Nos demais setores e serviços do hospital, não foram identificadas irregularidades, e, portanto, os demais atendimentos seguem ocorrendo normalmente.

“Não podemos colocar em risco a população, sobretudo as gestantes que procuram o hospital, nem o médico pode ficar sozinho para atender emergências, o que compromete seu trabalho. Desta forma, não houve outra alternativa e tivemos que promover a interdição ética do trabalho médico”, explicou o presidente do CRM-PB, Bruno Leandro de Souza.

O presidente do CRM-PB também informou que assim que as demandas do órgão forem atendidas, o setor será desinterditado.