No ano de 2024, a União destinou mais de R$90 bilhões ao pagamento de precatórios. Paralelamente, o mercado de compra e venda de precatórios tem se consolidado como uma alternativa financeira atraente tanto para credores que buscam liquidez imediata quanto para investidores interessados em títulos com retornos elevados. Entretanto, a negociação de precatórios historicamente enfrentou barreiras significativas como a necessidade de deslocamento físico até cartórios e procedimentos burocráticos que tornam o processo lento e oneroso.
Com a aplicação de tecnologias inovadoras, empresas têm transformado a dinâmica desse mercado, eliminando a necessidade de presença física e digitalizando etapas essenciais do processo. Plataformas especializadas utilizam assinaturas digitais, como as promovidas por ferramentas como Clicksign e Docusign, e implementam o registro de transações em blockchain, o que não apenas aumenta a transparência como também busca garantir maior segurança jurídica para ambas as partes envolvidas.
A Preks, uma das empresas que lideram esse movimento de digitalização, destaca a importância da tecnologia para reduzir custos e tempo de negociação. “A digitalização do mercado de precatórios é uma evolução natural. Ao eliminar a necessidade de idas ao cartório e reduzir custos operacionais, conseguimos oferecer preços mais competitivos para os vendedores e uma experiência muito mais ágil e segura”, afirma João Garcia, CEO da Preks.
Redução de custos e maior eficiência
A locomoção física, que antes representava uma das principais dores no mercado, agora é substituída por processos totalmente digitais. A assinatura eletrônica e o registro em blockchain permitem que contratos sejam firmados de forma remota, reduzindo o tempo de conclusão de transações em até 90%, de acordo com a Associação Brasileira de Startups. Além disso, a automatização dos processos financeiros também reduz custos para as empresas, o que se reflete diretamente em melhores condições de negociação para os credores, que obtêm maior valor pelos precatórios vendidos.
“Com a digitalização dos processos, é possível garantir maior transparência e segurança nas operações de cessão de crédito, o que reduz o risco de erros e fraudes, além de fortalecer a confiança entre vendedores e investidores”, complementa João Garcia.
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