Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Engenharia de Gestão (IEG), por meio da plataforma de dados sobre Centros de Serviços Compartilhados (CSCs), MIA (Marketing Intelligence Application), revelou que 55% dos centros brasileiros consultados pretendiam priorizar, em 2024, a formação de lideranças preparadas para fomentar o engajamento entre colaboradores e orientar as equipes.
Os dados mostram que líderes bem capacitados são fundamentais para impulsionar a motivação e o desempenho dos funcionários, atuando como exemplos e disseminando a cultura organizacional no dia a dia da empresa. Segundo Vanessa Saavedra, sócia-fundadora do IEG, investir nesse segmento é fundamental para alinhar os valores, propósito e práticas da companhia, criando um ambiente de trabalho coeso e motivador.
“Nos Centros de Serviços Compartilhados, que envolve intensa colaboração entre equipes multifuncionais, uma cultura organizacional forte promove engajamento, produtividade e retenção de talentos. Uma cultura bem definida facilita a adaptação a mudanças e o cumprimento de objetivos estratégicos, fortalecendo a resiliência e a eficiência”, afirma.
A estatística aponta ainda que 56% dos CSCs brasileiros pretendiam realizar como iniciativa a realização de treinamentos e workshops voltados para a cultura de serviços compartilhados. “Os dados reforçam que a cultura organizacional esteve em destaque em 2024, evidenciando um crescimento na adoção de práticas voltadas para a valorização dos colaboradores e o fortalecimento do ambiente de trabalho”, acrescenta a empresária.
“O levantamento demonstra que as empresas reconhecem a importância de desenvolver uma cultura que não apenas retenha talentos, mas que também promova uma experiência de trabalho satisfatória e alinhada com os objetivos organizacionais”, completa.
A pesquisa indica ainda que 34% das organizações previam investimentos em ações de endomarketing para fortalecer propósitos internos, por meio de campanhas de comunicação, eventos e outras atividades voltadas aos colaboradores. “Programas de desenvolvimento de lideranças, incentivo ao feedback contínuo e criação de espaços para reconhecimento dos colaboradores são práticas que fortalecem a cultura organizacional”, avalia Saavedra.
“Muitos CSCs têm investido em ações que promovam a diversidade e a inclusão, bem como em práticas de bem-estar e qualidade de vida para os colaboradores, refletindo uma abordagem mais humana e acolhedora no ambiente de trabalho”, ressalta. De acordo com o estudo, 33% das empresas pretendiam revisitar sua Missão, Visão e Valores para alinhar ainda mais a operação às diretrizes do negócio.
Apesar dos avanços, a empresária aponta que há oportunidades de melhoria, especialmente na expansão de programas de desenvolvimento profissional e no fortalecimento da comunicação interna. “Essas áreas são essenciais para garantir que a cultura organizacional seja vivida e compreendida por todos”, enfatiza.
“Além disso, fomentar uma cultura de inovação e abertura ao feedback pode trazer uma perspectiva contínua de melhoria, fundamental para que o CSC acompanhe as demandas do mercado e as expectativas dos colaboradores”, conclui.
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