Inteligência emocional é a competência mais importante hoje

Um recente levantamento realizado pelo Conselho Regional de Administração de São Paulo – CRA-SP identificou as competências que os profissionais de Administração consideram imprescindíveis em suas rotinas atuais de trabalho. Em primeiro lugar, citada por 63,3% dos entrevistados, ficou a inteligência emocional, seguida pela resolução de problemas (59,7%) e a resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade (56,5%). 

O levantamento, que ouviu 444 profissionais registrados entre os dias 19 e 30 de agosto, teve como base o relatório “O Futuro do Trabalho” elaborado pelo Fórum Econômico Mundial – FEM no final de 2020, que elencou 15 competências profissionais que vão estar em alta no mercado de trabalho até 2025.

Diante de um cenário cada vez mais competitivo, o estudo mostrou, ainda, que os profissionais estão cientes da importância de aprimorar suas competências profissionais. Isso porque a grande maioria dos respondentes (68,1%) revelou que fez por iniciativa própria, nos últimos 24 meses, algum curso ou treinamento. A maior parte deles (65,6%) também arcou com os custos desse desenvolvimento ou procurou conteúdos totalmente gratuitos (20,7%). 

 

Desafios do desenvolvimento contínuo

A falta de tempo (42%) e de recursos financeiros (39,2%) foram citados como os principais obstáculos para a realização de mais cursos, seguidos pela dificuldade em escolher opções de qualidade diante da vasta oferta disponível no mercado (31,1%).

Outro ponto destacado no levantamento é que mais de 80% dos profissionais acreditam que as competências comportamentais são as mais difíceis de desenvolver. Entretanto, menos da metade dos entrevistados (45,5%) teve a oportunidade de aprimorar essas habilidades durante a graduação.

A responsabilidade pelo desenvolvimento de competências também foi tema de análise. Quase 80% dos respondentes disseram acreditar que cabe ao próprio profissional buscar esse conhecimento, enquanto apenas 5,2% consideram que o empregador deve assumir esse processo.

Em uma análise por faixa etária, o estudo revelou que os profissionais mais jovens (entre 26 e 35 anos) foram os que menos investiram em cursos nos últimos dois anos. Por outro lado, eles foram os que mais relataram ter tido, com certeza, o desenvolvimento de competências comportamentais durante a graduação.

Já os resultados segmentados de acordo com a posição no mercado de trabalho mostraram que os profissionais com cargos de liderança foram os que mais procuraram treinamentos por conta própria nos últimos dois anos. Entretanto, esses mesmos profissionais foram os que menos tiveram o desenvolvimento adequado de habilidades comportamentais durante o período universitário.

O levantamento do CRA-SP faz parte de um projeto institucional do Conselho que visa entender melhor a percepção dos profissionais de Administração sobre temas em evidência no mercado de trabalho. O resultado deste e de outros estudos estão disponíveis na íntegra no site do Conselho.

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