Conforme informado em publicação, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) registrou uma variação de 0,40% em julho de 2024, de acordo com os dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em relatório publicado em agosto de 2024. Segundo os números, a variação representa uma queda de 0,16 ponto percentual em relação ao índice de junho, que foi de 0,56%. No acumulado dos últimos doze meses, o índice alcançou 2,66%, superior aos 2,49% registrados nos doze meses anteriores.

O custo nacional da construção, por metro quadrado, também sofreu variação, passando de R$ 1.748,99 em junho para R$ 1.756,01 em julho. Deste total, R$ 1.009,31 são relativos aos materiais e R$ 746,70 correspondem à mão de obra. A parcela dos materiais apresentou uma alta de 0,30%, destacando-se como a maior registrada desde outubro de 2022 neste segmento, conforme o relatório do IBGE.

O relatório aponta ainda que a mão de obra registrou um índice de 0,53%, apresentando uma queda em relação ao mês anterior, quando o índice foi de 1,40%. Segundo a equipe de análise do IBGE, essa redução está relacionada à menor quantidade de acordos coletivos realizados em julho. Apesar da queda mensal, o índice de mão de obra manteve-se inalterado quando comparado a julho de 2023.

Entre as regiões do Brasil, o relatório apontou que o Nordeste apresentou a maior variação mensal em julho, com uma alta de 0,60%, impulsionada pelo aumento dos custos em todos os estados da região.

José Antônio Valente, diretor da empresa de franquias de máquinas e equipamentos Trans Obra, afirmou que a variação regional destacada pelo índice, com a maior alta no Nordeste, sugere que o mercado está passando por uma redistribuição de atividade e investimento. Esta tendência pode ser uma oportunidade para o desenvolvimento de novos pólos de construção sustentável em regiões onde o crescimento econômico tem sido historicamente limitado. O Nordeste, por exemplo, pode se tornar um laboratório de inovação para técnicas de construção resiliente ao clima, aproveitando sua diversidade geográfica e climática. “O futuro do setor de construção no Brasil deve estar ancorado em uma abordagem híbrida: intensificação da inovação tecnológica para reduzir custos e melhorar a eficiência e resiliência das construções, ao mesmo tempo que se desenvolvem políticas públicas regionais que incentivem o crescimento sustentável e equitativo em todo o país”.

Ainda sobre o estudo, foi apontado que as demais regiões registraram as seguintes variações: 0,24% no Norte, 0,45% no Sudeste, 0,09% no Sul e 0,20% no Centro-Oeste. O Rio de Janeiro se destacou como o estado com a maior alta, registrando uma taxa de 1,61%.

Perguntado sobre o relatório, José Antônio disse que uma análise de futuro para o setor deve considerar a convergência entre a estabilização dos custos considerados no estudo e o potencial de transformação tecnológica e digitalização na construção civil. José Antônio continuou dizendo que uma forma de buscar economia nos processos de construção é o trabalho que uma franquia de locação de equipamentos realiza na oferta de máquinas para construção civil no formato de aluguel. “Vejo que as empresas devem considerar maneiras de reduzir seus custos mantendo a qualidade das entregas e a segurança de todo processo estrutural, aliviando custos de manutenção de equipamentos próprios”.

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