Um novo estudo da Opinion Box, realizado pela Pearson, com 7 mil pessoas no Brasil, Argentina, México, Colômbia e Chile, apontou que os mexicanos são os que apresentam o maior nível de proficiência em inglês (48%), com quase metade das pessoas se considerando falantes intermediários ou avançados. Os mexicanos são seguidos pelos argentinos (42%), enquanto na Colômbia (36%) e no Chile (35%), o nível de proficiência é semelhante. Já os brasileiros apresentam o menor nível de conhecimento em inglês (30%), sendo que duas em cada dez pessoas não têm domínio do idioma.
Promovida pela empresa mundial em soluções de aprendizagem, a pesquisa mostra que a falta de recursos financeiros é a principal razão para a pouca familiaridade com a língua; porém há ainda outras constatações, como ausência de tempo ou falta de necessidade para tal demanda.
O estudo mostrou que metade dos respondentes que não tem nenhum conhecimento de inglês alega sentir falta de aprender o idioma global. A Colômbia contempla a maior parte dos entrevistados que se identificaram com esse quesito. A pesquisa enfatizou, ainda, que o mercado de trabalho é onde a falta do english speaking é mais sentida: boa parte dos colombianos (71%); chilenos (63%); mexicanos (59%); argentinos (54%); e brasileiros (49%) reiteram a descoberta.
Carreira é motivacional para estudar
Para a maioria dos países, a oportunidade de trabalho é o fator decisivo que os levaria a aprender inglês. Os entrevistados declararam que a falta do conhecimento no idioma é motivo de insegurança ao realizar tarefas corporativas corriqueiras, como escrever um e-mail, ou até mais complexas, como apresentar um projeto. No México, 62% acham que a afinidade com o idioma beneficiou suas carreiras profissionais. O Brasil, no entanto, surpreende ao posicionar viagens internacionais de lazer como o maior motivador para o aprendizado, vindo à frente das razões de trabalho.
México e Argentina foram os países onde os entrevistados mais sentiram não ter proficiência no idioma. “Considerando o mercado corporativo latino-americano, dominar o inglês não é apenas uma habilidade linguística, mas um diferencial competitivo que amplia horizontes, facilita negociações internacionais e fortalece a posição em economias globais e interconectadas”, afirma Emma Campo, Diretora de Desenvolvimento de Negócios e Vendas para Mercados Especiais na Pearson Latam.
Alinhado ao quanto se sentiram beneficiados por saber inglês, as pessoas no México (35%) são as que relataram avanços em suas carreiras no que diz respeito a promoções ou reconhecimento financeiro. Seguindo-os, estão colombianos (20%), argentinos (18%), brasileiros (14%) e chilenos (10%).
Como aprender a estudar
Quando o assunto é aprender, os entrevistados da pesquisa disseram que um curso de idiomas é o principal formato de estudo para todos os países, sendo Brasil (56%), Colômbia (53%) e Chile (51%) os detentores dos números mais significativos. No Brasil, os aplicativos de aprendizagem de idiomas são a segunda opção mais considerada (37%), enquanto para os outros quatro países, a aprendizagem por conta própria também é um formato muito aplicado.
Segundo a Opinion Box, entre as pessoas que possuem algum conhecimento de inglês, independentemente do nível, a maioria teve o primeiro contato com o idioma antes dos dez anos de idade. No Brasil, 5% tiveram acesso à língua por volta dos 5 anos; 33% entre 6 e 10 anos; 41% entre 11 e 15 anos; 13% entre 16 e 20 anos; e 6% após 20.
“O conhecimento do inglês amplia as oportunidades de estudos e carreira para uma perspectiva globalizada, pois facilita a colaboração entre equipes internacionais e a participação em projetos multinacionais. Investir no aprendizado do idioma desde cedo não só abre portas para o desenvolvimento pessoal e profissional, mas também prepara as futuras gerações para um mundo interconectado e diversificado. No entanto, é importante destacar que, para atingir tal patamar, o estudo deve se manter ao longo da vida de forma a acompanhar cada etapa e necessidade do indivíduo”, afirma Campo.
Metodologia da Opinion Box
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