Segundo os dados apresentados no Relatório Índice de Confiança Empresarial (ICE) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), o ICE subiu 0,2 ponto em maio de 2024, atingindo 95,8 pontos. Este é o maior valor registrado desde outubro de 2022. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,4 ponto, sinalizando uma recuperação gradual no sentimento de confiança entre os empresários.
Conforme informado na publicação, a alta do ICE em maio foi impulsionada por avanços discretos em seus dois índices componentes. O Índice de Expectativas Empresariais (IE-E) subiu 0,1 ponto, alcançando 95,6 pontos, impulsionado pela melhora nas projeções para a situação dos negócios nos seis meses seguintes. O indicador que afere essa percepção registrou um acréscimo de 1,1 ponto, atingindo 97,0 pontos. No entanto, o indicador que mede as expectativas com a demanda nos três meses seguintes recuou 0,9 ponto, atingindo 94,2 pontos.
O Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E) também apresentou crescimento, subindo 0,3 ponto no mês, atingindo 96,1 pontos, o patamar mais elevado desde outubro de 2022. Os componentes deste índice, que medem a percepção sobre a Demanda Atual e a Situação Atual dos Negócios, apresentaram incrementos de 0,5 e 0,1 ponto, respectivamente.
O relatório aponta dados que revelam desempenhos variados entre os diferentes setores. Em maio, o estudo mostrou que os destaques foram a Indústria e a Construção, cujos índices de confiança registraram incrementos idênticos de 1,2 ponto, alcançando 98,0 e 96,4 pontos, respectivamente. Por outro lado, a publicação afirma com dados que o Índice de Confiança dos Serviços recuou 0,6 ponto, para 94,2 pontos, e o Índice de Confiança do Comércio caiu 4,0 pontos, devolvendo quase toda a alta de 5,1 pontos observada no mês anterior.
José Antônio Valente, diretor da empresa locadora de equipamentos Trans Obra, afirmou que com a demanda atual e a situação dos negócios apresentando incrementos, há uma expectativa de maior utilização de equipamentos e maquinários no curto prazo. José Antônio continuou dizendo que à medida que a confiança dos construtores aumenta, espera-se ver um aumento correspondente na procura por equipamentos de locação, tanto para obras de infraestrutura quanto para edificações. “Para nossa unidade da empresa de locação de equipamentos em Porto Belo, Santa Catarina, isso representa uma oportunidade de atender a uma crescente demanda por locação de equipamentos, especialmente em grandes projetos de infraestrutura e edificações”.
O estudo ainda mostra que a confiança empresarial manteve-se estável em maio, com diferenças significativas entre os setores. Além disso, o relatório apresenta que a Indústria e a Construção mostraram resiliência, mantendo índices de confiança próximos ao nível neutro de 100 pontos. Em contraste, a publicação informa ainda que os setores de Serviços e Comércio indicaram um enfraquecimento da atividade econômica. O setor de Comércio, em particular, teve uma queda notável, refletindo possivelmente a tendência negativa da confiança do consumidor, influenciada pelo desastre ambiental no Rio Grande do Sul.
Para a edição de maio de 2024, foram coletadas informações de 3.571 empresas entre 1 e 26 de maio. A disseminação de alta da confiança empresarial ocorreu em 49% dos 49 segmentos integrantes do ICE, uma proporção semelhante à observada no mês anterior.
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