Em abril de 2024, o relatório Índice de Preços ao Produtor (IPP), apontou que os preços das indústrias extrativas e de transformação, conhecidas como indústria geral (IG), registraram uma variação média de 0,74% em relação ao mês anterior, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta elevação, segundo a publicação, mantém a tendência de alta observada em março de 2024, quando o índice apresentou uma variação de 0,35% em relação a fevereiro de 2024.
Segundo os dados apresentados, a variação mensal do Índice de Preços ao Produtor (IPP) reflete um aumento contínuo, com a indústria geral acumulando uma variação de 0,99% no ano. Comparativamente, em abril de 2023, o acumulado no ano registrava uma taxa de -0,99%. Este é o quarto menor valor registrado para um mês de abril desde o início da série histórica, em 2014.
O relatório aponta que, em abril de 2024, 20 das 24 atividades industriais investigadas apresentaram variações positivas de preço em relação ao mês anterior. Entre as atividades com maiores variações absolutas estão papel e celulose (3,99%), indústrias extrativas (-3,58%), fumo (2,49%) e produtos farmacêuticos (2,10%). Em março de 2024, 16 atividades haviam registrado aumentos de preço, mantendo a tendência de alta observada na indústria geral.
Conforme informado no estudo, o setor de alimentos destacou-se como a atividade com maior impacto no resultado agregado da variação mensal, contribuindo com 0,19 ponto percentual (p.p.) para a variação de 0,74% da indústria geral. Outros setores que tiveram influência significativa foram as indústrias extrativas (-0,19 p.p.), papel e celulose (0,12 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,08 p.p.). O relatório também informa que a variação acumulada em 12 meses, que compara abril de 2024 com abril de 2023, foi de -3,08%. No mês anterior, março de 2024, esta mesma comparação havia registrado uma variação de -4,13%. Entre os setores com as maiores variações anuais estão refino de petróleo e biocombustíveis (-9,65%), impressão (7,54%), outros produtos químicos (-7,08%) e produtos de metal (-5,64%).
José Antônio Valente, diretor da empresa locadora de equipamentos Trans Obra, afirmou que o aumento constante dos preços das indústrias de transformação e extrativas pode influenciar diretamente o custo de aquisição e manutenção de equipamentos. Com a indústria de papel e celulose registrando um aumento significativo de 3,99%, por exemplo, podemos prever que materiais derivados desses setores, como certos tipos de isolamentos e acabamentos, também sofrerão reajustes. “Essa dinâmica pode levar a um aumento nos custos operacionais para empresas de locação de equipamentos, impactando desde a aquisição de novos equipamentos até a substituição de peças e materiais de desgaste”.
Os dados divulgados no estudo, mostram que, sob a perspectiva das grandes categorias econômicas, a variação de preços em abril de 2024 foi de 1,16% para bens de capital (BK), 0,59% para bens intermediários (BI) e 0,89% para bens de consumo (BC). No segmento de bens de consumo, a variação foi de 0,83% para bens duráveis e 0,90% para bens semiduráveis e não duráveis. O relatório também destaca que a principal influência na variação de preços da indústria geral foi exercida pelos bens de consumo, que representam 36,87% do índice geral e contribuíram com 0,33 p.p. da variação de 0,74% em abril de 2024. Em seguida, os bens intermediários e bens de capital contribuíram com 0,33 p.p. e 0,09 p.p., respectivamente.
Perguntado sobre o assunto, José Antônio afirmou que olhando para o futuro, é essencial que as empresas de locação de equipamentos adotem uma abordagem proativa. Investir em tecnologias de automação e digitalização pode aumentar a eficiência e reduzir custos operacionais, como ocorreu em nossa unidade da empresa de locação de equipamentos em Rebouças, Curitiba . “A implementação de sistemas de gestão de ativos pode otimizar o uso dos equipamentos, minimizando o impacto dos aumentos de preços. Além disso, a formação de parcerias estratégicas com fornecedores e clientes pode proporcionar maior estabilidade e previsibilidade nos negócios”.
De acordo com os dados, a variação acumulada no ano até abril de 2024, comparada ao mesmo período de 2023, mostra uma reversão do sinal de -0,99% para 0,99% na indústria geral. O relatório aponta que este movimento foi seguido por bens intermediários, que apresentaram uma variação acumulada de -2,80% em abril de 2023, enquanto bens de capital e bens de consumo mantiveram sinais positivos.
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