Uma pesquisa da Access Partnership, em parceria com a Amazon Web Services (AWS), revelou que 97% de todos os empregadores planejam usar soluções baseadas em inteligência artificial até o ano de 2028. O estudo mostrou, ainda, que pelo menos 90% dos funcionários esperam utilizar, de alguma forma, a IA generativa, como o ChatGPT, em suas atividades.
Apesar do avanço dessas tecnologias no mercado de trabalho, recente levantamento do Conselho Regional de Administração de São Paulo – CRA-SP, promovido com seus registrados, mostrou que 68,9% dos respondentes ativos no mercado de trabalho não acreditam que sua função atual poderá ser inteiramente substituída pela inteligência artificial.
Os profissionais com cargos operacionais, como assistentes e analistas, são os mais pessimistas em relação a isso: 32,5% veem essa possibilidade no futuro. Em segundo lugar estão os autônomos (20% deles), depois os profissionais com uma posição de liderança, como coordenadores e gerentes (14,7% deles), e em último os donos do próprio negócio (apenas 10,7% dos respondentes nessa posição).
O levantamento também mostrou que a maioria dos respondentes (63,9%) utiliza algum tipo de inteligência artificial em sua rotina profissional e que as IAs generativas, como ChatGPT, Bard/Gemini, character.ai e Copilot, também já foram utilizadas nas tarefas e processos de mais da metade dos entrevistados (52,5%).
O estudo, realizado entre 3 e 13 de abril, ouviu 510 profissionais de Administração e buscou entender de que forma a inteligência artificial está presente nas organizações e na rotina dos colaboradores, bem como descobrir se eles veem a IA como uma aliada em suas profissões.
Aprendizado contínuo
Para atender às mudanças no mercado de trabalho em razão do avanço da inteligência artificial no dia a dia das organizações é indispensável que os profissionais estejam preparados para dominar as novas ferramentas e, assim, se manterem relevantes e competitivos em seus cargos.
Do total de respondentes do estudo realizado pelo CRA-SP, mais de 90% concordam que os profissionais de hoje necessitam de capacitação para lidar com as novas tecnologias. Porém, nesse contexto, surge o impasse: a responsabilidade pelo desenvolvimento das habilidades dos colaboradores quanto ao uso da IA é da empresa ou isso cabe aos próprios profissionais?
Para 49,6% dos participantes do levantamento a responsabilidade é do próprio profissional. Outros 29,6% acham que isso é dever da empresa, 10,8% acreditam que esta é uma função das instituições de ensino, 4,9% creditam essa responsabilidade ao governo e 5,1% não têm uma opinião a respeito.
Os empregados com cargos operacionais são os que mais acreditam que a responsabilidade principal de capacitação quanto a IA é das empresas (45,5%). Em seguida estão os empregados com cargos de liderança (35,7%), os autônomos (18,5%) e, por último, os donos do próprio negócio (13,2%).
O levantamento do CRA-SP constatou que o entendimento sobre quem é o responsável pelo desenvolvimento dos colaboradores também varia de acordo com a idade dos participantes: os mais jovens tendem a achar que as empresas são as mais responsáveis, enquanto os mais velhos acreditam que esse é um dever do profissional.
Os resultados do estudo na íntegra, inclusive com os gráficos comparativos segmentados por posição no mercado de trabalho e idade, estão disponíveis no site do CRA-SP.
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