Em meio às transformações no mercado de trabalho, a mulher tem ganhado espaço no ambiente corporativo, pelo conhecimento, habilidades profissionais, postura comportamental, capacitação e garra ao enfrentar os desafios. Pesquisas revelam que a participação feminina em cargos de chefia tem crescido no Brasil. O Panorama Mulheres 2023, elaborado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e Talenses Group, revelou que o papel das mulheres tanto nas presidências de empresas quanto em outras posições de alta liderança no país saltou de 13% para 17% entre 2019 e 2022.
No entanto, duas pesquisas da PwC concluem que o progresso para igualdade de gênero no ambiente de trabalho ainda é um desafio global. Em sua 12ª edição, o Women in Work Index revela que, no ritmo atual, levaria mais de meio século para diminuir a distância salarial entre homens e mulheres em todos os países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). A pesquisa mede o progresso rumo à igualdade de gênero no ambiente de trabalho em toda a OCDE, considerando cinco indicadores para a análise, um dos quais é o gap salarial entre homens e mulheres.
Apesar de alguns progressos na última década, a análise deste ano revela que ainda há um caminho longo a ser percorrido para o alcance da igualdade de gênero no trabalho em todos os cinco indicadores. A pontuação média do Women in Work Index aumentou de 56,3 em 2011 para 68 em 2022. Na última atualização, a pontuação média da OCDE melhorou aproximadamente dois pontos, passando de 66 em 2021 para 68 em 2022.
Em relação às percepções das mulheres no ambiente de trabalho, a pesquisa Inclusion Matters confirma que o gap salarial é um problema: apenas 39% das mulheres sentem que são financeiramente recompensadas de forma justa pelo seu trabalho. A pesquisa conclui que existe um gap significativo entre a tendência de homens e mulheres pedirem promoções (-9 pontos) e aumentos salariais (-8 pontos). No entanto, as mulheres com pontuações no quadrante superior do Inclusion Index têm 1,4 vez mais probabilidade de pedir um aumento e 1,5 vez mais probabilidade de pedir uma promoção. Elas também têm 2,2 vezes mais probabilidade de recomendar seu empregador como um bom lugar para trabalhar.
Diante desse cenário, as empresas têm investido em ações que potencializam suas lideranças, especialmente as femininas. A Ibi internet – empresa de internet fibra ótica com atuação no Vale do Rio Doce e no Vale do Aço em Minas Gerais – realiza o projeto Liderança de Fibra, que hoje é liderado por mulheres. O treinamento visa oferecer oportunidades de desenvolvimento e visibilidade para os colaboradores da organização.
Além disso, a empresa apoia e patrocina projetos, como o evento “Conexão Elas”, promovido pelo Sebrae, que tem o objetivo de fortalecer o empoderamento das mulheres em todos os níveis da empresa. As políticas da empresa também são orientadas para a igualdade de gênero, o que abrange não apenas a questão salarial, mas também a distribuição equitativa de vagas e benefícios.
Hoje, do total de 310 colaboradores, 23 ocupam cargos de liderança. Desse grupo de líderes, 60,87% são mulheres, que exercem a função em todas as áreas da organização, incluindo executivas, gerentes e coordenadoras. A gerente de Marketing, Isabela Haueisen Pechir, que está na empresa desde 2021, tem como principal desafio manter a equipe alinhada, desenvolvida, confiante e engajada, tanto com os objetivos do negócio quanto no dia a dia do trabalho, de forma saudável.
Taynan Santos, que foi contratada na empresa como auxiliar administrativo em 2015, hoje é supervisora de Backoffice. Para ela, ser líder é um aprendizado constante. “Estar à frente de uma equipe, liderando, inspirando e sendo inspirada todos os dias, é um desafio diário, mas confesso que eu gosto desse desafio”.
Há dois anos na empresa, Miriam Sodré, passou de assistente comercial para supervisora de cobrança. “No início do meu trajeto eu mergulhei no aprendizado e na prática, demonstrando uma crescente vontade de me aprimorar. Com o tempo e meu compromisso em oferecer excelência em minhas responsabilidades, fui reconhecida e promovida. Mantive-me firme em minha determinação, sempre buscando superar expectativas e contribuir positivamente para o sucesso da equipe.”
Outra empresa que desenvolve projetos de equidade é a Coca-Cola FEMSA Brasil. Dentro desse pilar, a companhia desenvolve a carreira de mulheres, visando formar quadros de liderança mais diversos e representativos. A meta é ter 40% desses cargos ocupados por elas até 2030 e, atualmente, o percentual é de 25%.
Entre as iniciativas promovidas para atingir esse objetivo, o “Elas na Liderança” é um programa que fornece capacitação para que colaboradoras de média gestão assumam posições de liderança. Na sua primeira edição, realizada entre 2021 e 2022, o programa contou com 24 participantes e, até o momento, resultou na promoção e movimentação de 18 delas (75%).
A trilha do programa envolve atividades práticas e teóricas voltadas para Autoconhecimento, Marca Pessoal, Soft e Hard Skills, Negócios e Mentoria de Projetos. A partir disso, cada participante desenvolve um projeto próprio de relevância para a companhia. Em 2023, foi iniciada a segunda edição do programa, com 33 participantes. Até o momento, 27% delas foram promovidas ou mudaram de cargos.
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