Vida marinha saudável favorece o equilíbrio do clima no planeta

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) trazem um plano de ação para um mundo melhor com metas a serem alcançadas por todos os países até 2030. Nesse sentido, o ODS nº 14 (Vida Subaquática) busca a conservação e o uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.

As algas marinhas são responsáveis pela produção de 54% do oxigênio do mundo e os mares atuam como reguladores do clima no planeta. Os dados são do Instituto Brasileiro de Florestas. Sem os serviços prestados pelo oceano, a temperatura poderia ultrapassar 100ºC e inviabilizar a vida na Terra.

Considerados um dos mais antigos e ricos ecossistemas do planeta, os Recifes de Corais estão sob ameaça, até mesmo os que se encontram mais isolados, principalmente por causa de alterações causadas por atividades humanas.

“Ao analisarem mais de 1700 dados a respeito dos corais, pesquisadores americanos apontam que mudanças climáticas e a acidificação das águas marinhas são os principais causadores da perda de biodiversidade e do branqueamento dos Recifais”, pontua Vininha F. Carvalho, ambientalista e editora da Revista Ecotour News & Negócios.

O biólogo João Alberto dos Santos, explica que o aquecimento dos oceanos provoca uma espécie de estresse nos corais, que acabam expelindo as algas que os habitam e, consequentemente, causando o branqueamento da espécie.

Durante a 46ª edição do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, foi apresentado um estudo sobre o impacto do lixo à vida marinha. De acordo com o documento, até 2050 os oceanos abrigarão mais detritos plásticos do que peixes.

Uma pesquisa publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, indica que até 2050, 99% das aves marinhas terão pedaços de plástico no organismo.

Segundo o biólogo João Alberto dos Santos, além do plástico, outros tipos de lixo também oferecem danos irreparáveis à vida nos oceanos. Confira na tabela abaixo os principais vilões do mar e o tempo de decomposição de cada um deles:

– Papel: de 3 a 6 meses.

– Tecido: de 6 meses a 1 ano.

– Filtro de cigarro: mais de 5 anos.

– Madeira pintada: mais de 13 anos.

– Nylon (linha de pesca, por exemplo): mais de 20 anos.

– Alumínio (lata de refrigerante, por exemplo): mais de 200 anos.

– Plástico (garrafas pet, por exemplo): mais de 400 anos.

– Vidro (vasilhames, por exemplo): mais de 1000 anos.

– Borracha (pneus, por exemplo): tempo indeterminado.

“A zona costeira e marinha brasileira de 3,5 milhões de km² demonstra a extensa e importante ligação que o País tem com os oceanos. Ecossistemas marinhos vitais estão sendo degradados. Não adianta apenas favorecer os produtos descartáveis, é preciso incentivar a produção e o consumo de insumos reutilizáveis para reduzir o impacto negativo á vida marinha”, conclui Vininha F. Carvalho.

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