A volta às aulas é uma oportunidade de fazer pequenas intervenções na iluminação de casa, para melhorar o ambiente de estudos e ajudar no rendimento dos estudantes. A Associação Brasileira de Fabricantes e/ou Importadores de Produtos de Iluminação (Abilumi) sugere algumas ações básicas, que não demandam grande investimento ou reformas, e que impactam diretamente no aprendizado.
A boa iluminação transcende a simples questão de proporcionar melhor visibilidade, sendo crucial para a saúde, para a retenção dos conteúdos e informações e, consequentemente, para o desempenho geral dos alunos.
Para Rubens Rosado, engenheiro elétrico e Assessor Técnico da Abilumi, um ambiente de estudos bem iluminado, inclusive com luz natural, reduz o cansaço visual e a fadiga. “Os benefícios são inúmeros, desde possibilitar mais foco e concentração nas atividades, especialmente em tarefas que exigem leitura e escrita, até ajudar a reduzir o estresse”, destaca.
Segundo o especialista, a Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) criou uma norma, a NBR 5413, que determina o nível ideal para cada tipo de ambiente, de acordo com as atividades que serão realizadas. Ela é utilizada pelos profissionais luminotécnicos em seus projetos. “A iluminação das salas de aulas é tão importante para o bom aproveitamento e interesse dos alunos quanto a do ambiente doméstico. No geral, o mais indicado para um ambiente de leitura é um nível de iluminância de 400 a 500 lux, sendo que lux é a quantidade de luz que ilumina uma determinada área de superfície”, explica o engenheiro.
Entretanto, é possível para o consumidor em geral fazer pequenas mudanças e impactar o nível de iluminância de um ambiente, tendo em mente que uma boa iluminação deve ser suficiente, uniforme, bem direcionada e agradável.
“A quantidade de luz deve ser suficiente para que a pessoa possa enxergar claramente o que está estudando, sem forçar os olhos. Nesse sentido, o excesso de iluminação também não faz bem”, alerta Rosado. “A luz também deve ser distribuída de modo uniforme no ambiente, sem sombras ou pontos de luz mais intensos. Isso evita que os olhos tenham que se ajustar constantemente à luminosidade, o que pode causar cansaço visual e dores de cabeça.”
Quanto ao direcionamento da luz, o engenheiro orienta que é preciso evitar reflexos, principalmente quando se trata de leitura em telas de computadores. Segundo ele, dois tipos de luminárias são adequados nesses casos: as luminárias de mesa com abas, para direcionar a luz para a superfície que está sendo estudada, evitando reflexos ou ofuscamentos, e que necessitam de lâmpadas de menor potência para atingir a iluminância desejada na área de estudo, além de mais econômicas; e as luminárias de teto com spots, que resultam em uma iluminação uniforme na superfície.
Outro ponto importante é a temperatura da cor da luz, informação que está disponível nas embalagens das lâmpadas LED e é indicada em Kelvin (K). “A iluminação não deve causar desconforto visual. A temperatura de cor da luz ideal para ambientes de estudo varia entre luz neutra, em torno de 4000K, e a luz fria, em torno de 5000K, que estimulam mais a concentração. É aconselhável evitar sempre as amareladas, que propiciam o relaxamento e podem deixar o estudante com sono”, afirma o especialista da Abilumi.
Rosado reforça a importância de aproveitar a luz natural, que ainda é a melhor opção para qualquer ambiente, pois é mais saudável e confortável para os olhos. “E se necessário complementar com lâmpadas LED, de preferência certificadas pelo Inmetro, que são mais eficientes e econômicas do que as lâmpadas incandescentes ou fluorescentes, produzem uma luz mais uniforme, agradável e esquentam muito pouco”, completa.
Mais informações: https://www.instagram.com/abilumioficial/
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