Cidade em miniatura construída em um ônibus atrai a atenção de crianças e adulto

A paixão pelo ferreomodelismo, um dos hobbies mais antigos do mundo, levou Guilherme Piovesan Borghezan, de 23 anos e morador do pequeno município gaúcho de Frederico Westphalen, a construir uma maquete ferroviária dentro de um ônibus, que tem virado ponto turístico por onde passa e levado muita informação aos alunos de várias escolas. Aliás, as crianças são seu público número 1. O objetivo é levar a elas o entretenimento ferroviário e um pouco da história ferroviária no Brasil, bem como informações sobre os pontos turísticos que estão na maquete.

Borghezan iniciou-se neste hobby aos 10 anos, na garagem da casa dele, e este projeto foi crescendo e ganhando visibilidade de diversas instituições, como escolas, universidades, prefeituras, imprensa, ferreomodelistas e comunidade em geral. “A maquete foi ficando cada vez maior e, então, adquiri um ônibus desativado, sem motor, em 2017, com um espaço maior para ampliação da maquete, e era ponto fixo em minha cidade. Há dois anos, com o apoio da administração municipal de Frederico Westphalen, adquiri um ônibus com motor, que era uma antiga unidade móvel de saúde do município e passou por uma adaptação para receber o projeto. Depois, registrei a empresa itinerante Mundo Ferroviário em Miniatura e, agora, estou realizando exposição em diversas cidades, escolas, eventos e feiras”, comenta. O projeto conta com o apoio da Frateschi, única fabricante da América Latina de trens elétricos em miniaturas e réplicas de composições reais, situada em Ribeirão Preto, no interior paulista.

A maquete ferroviária itinerante do Brasil possui 6 metros de comprimento por 1,60 metro de largura. Já a coleção é composta por 18 locomotivas, 9 vagões de passageiros e outros 40 de carga, réplicas dos modelos nacionais. Na construção da maquete estão inseridas casas, prédios, igrejas, comércios, túneis, paisagens naturais, estações férreas, pontes, entre outros detalhes na escala 1:87”, afirma Borghezan

Tudo começou quando Borghezan tinha 9 anos. Ele ganhou uma locomotiva da Frateschi, a G12 Fepasa, e passou a se interessar pelo ferreomodelismo. “Aos poucos fui construindo uma maquete na garagem de casa, com a ajuda de meu pai, Vanderlei. Com o passar dos anos, eu a ampliei, e o espaço ficou pequeno. Com isso, minha mãe, Clarice Regina, deu a ideia de comprar a carcaça de um ônibus para instalar minha maquete”, conta.

A procura do público para visitações à maquete fez com que ele ampliasse o projeto para um ônibus com motor, que pudesse levar a maquete a diversas cidades, escolas e eventos. Após adquirir o ônibus, Borghezan e seu pai o reformaram: fizeram a pintura interna e externa, trocaram o assoalho e toda a iluminação, colocaram cortinas e arrumaram as janelas Além disso, o adesivaram externamente com o nome do projeto, Mundo Ferroviário em Miniatura, e fotos da maquete. “Após tudo isso, a maquete itinerante está fazendo o maior sucesso”, conclui Borghezan.

Seja para relaxar, divertir-se, desestressar ou mesmo cultivar o amor pelas ferrovias, muitas pessoas têm aderido ao hobby do ferreomodelismo, afinal, o trem elétrico é uma excelente opção para quem está procurando algo para entreter a mente e passar o tempo. É um hobby saudável, que ajuda neste momento tão delicado pelo qual todos estão passando.

História do hobby

O ferreomodelismo é um dos hobbies mais antigos do mundo, e sua origem remonta ao período em que o transporte ferroviário foi adotado massivamente. As primeiras miniaturas de trens foram fabricadas por volta de 1830, por artesãos alemães. De lá para cá, muita coisa mudou, principalmente no Brasil, onde o transporte de passageiros pelas ferrovias deixou de acontecer, com exceção dos passeios turísticos. Mesmo assim, a paixão de algumas pessoas por este hobby se intensificou.

“O ferreomodelismo é uma mistura de entretenimento, baseado em modelos de escala, e arte, pois os amantes deste hobby ficam fascinados quando começam a construir suas maquetes, fazer toda a parte de decoração e cenário e projetar as construções. É preciso ter capacidade de observação para se construir uma maquete, pois todo esse trabalho de reprodução do mundo real é totalmente artesanal”, comenta Lucas Frateschi, diretor da Frateschi Trens Elétricos. As pessoas pensam que o transporte ferroviário morreu, mas ele está vivo e em expansão. A ferrovia é de valor estratégico imprescindível para um país como o Brasil, e este crescimento ajuda a fomentar ainda a mais a paixão que muitos brasileiros têm pelos trens, sendo que muitos passam o hobby do ferreomodelismo para as futuras gerações”, finaliza Lucas.

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