Os seis primeiros meses deste ano foram favoráveis para o setor brasileiro de seguros. Segundo um ranking realizado pelo Sincor SP (Sindicato de Empresários e Profissionais Autônomos da Corretagem e da Distribuição de Seguros do Estado de São Paulo), as 50 maiores seguradoras do país apresentaram ganhos no primeiro semestre de 2023. Nesse período, o lucro líquido foi de R$ 14 bilhões, quase o dobro dos R$ 7,4 bilhões que foram registrados entre janeiro e junho do ano passado.
De acordo com o levantamento, o valor recebido pelas seguradoras como resultado das vendas de seguros e contribuições para previdência e capitalização foi de R$ 181 bilhões, um crescimento de 7%. No espaço analisado, o valor total pago em indenizações, por sua vez, foi de R$ 113,64 bilhões, 2,42% a mais do que ocorreu no primeiro semestre de 2022.
Jorge Serdan, corretor de seguros responsável pela Consult Garantia, explica que o Brasil vem passando por importantes mudanças no mercado de seguros, como fusões de seguradoras, entrada de empresas ao setor e abertura de novos produtos. Para ele, o brasileiro tem adotado cada vez mais o hábito de se valer de seguros. “O seguro garantia, de vida, de residência e de responsabilidade civil, por exemplo, passaram a ser cada vez mais procurados”.
Como resultado, há 84 grupos empresariais atuando no segmento de seguros de produtos de risco no país, ainda segundo o ranking divulgado pelo Sincor SP.
Cresce aderência a seguro de responsabilidade civil
Serdan destaca que tem aumentado a entre a população a consciência dos direitos do consumidor e do cidadão, e com isso, cresceu a busca por direitos e reparação de danos através do Poder Judiciário. “Como resultado desse fenômeno, profissionais e empresários estão buscando resguardar seus patrimônios de possíveis solicitações de indenização por ações judiciais recebidas”, acrescenta.
De acordo com o corretor de seguros responsável pela Consult Garantia, o seguro de Responsabilidade Civil entra justamente nesse contexto, para proteger o profissional ou o empresário de ações judiciais que possa receber por falhas operacionais ou profissionais que causem danos a terceiros.
Serdan ressalta que construir um patrimônio ou uma imagem é demorado e demanda trabalho, ao passo que, por outro lado, perder uma reputação pode ocorrer de forma rápida, sem que os envolvidos sequer tenham ciência do ocorrido.
“Proteger esses itens [patrimônio e imagem] é importante para a sobrevivência financeira e profissional de pessoas físicas e jurídicas”, observa. “O seguro tem uma importância social no mercado, uma vez que, por um custo anual, é possível proteger uma vida toda, seja passada ou a que está por vir”, complementa.
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