O Dia Mundial da Água é apropriado para refletir não apenas a essencialidade desse recurso vital, mas também reconhecer as práticas sustentáveis que contribuem para sua preservação em tempos de extremos climáticos. O turismo de aventura, com o rafting, emerge como um aliado na promoção da consciência socioambiental, do bem-estar e da geração de empregos verdes, alinhando-se diretamente com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
O rafting é uma atividade capaz de transmitir valores como cooperação e trabalho em equipe. As equipes brasileiras de Rafting Competitivo, com suas conquistas em campeonatos internacionais, reforçam o papel do Brasil no cenário mundial do esporte, ao mesmo tempo em que destaca a importância da gestão dos recursos hídricos. Com duas equipes de Rafting Competitivo nas modalidades mista e masculina, a Rio Abaixo Rafting & Aventura compreende a importância de promover o esporte trazendo ativos em diversas áreas.
“Colocamos todos num mesmo bote e os praticantes são imersos em experiências que ressaltam a importância da preservação das águas e da biodiversidade, estimulando a conscientização socioambiental, a cooperação e o respeito pelo ecossistema”, conta Karina Hirayama sócia diretora na Rio Abaixo e Embaixadora da Grande Reserva Mata Atlântica.
“Através do rafting, entramos em contato com importância e poder das águas, dos nossos rios e florestas. Entendemos vivenciando o equilíbrio dos ecossistemas de seus ciclos e estações”, diz Willian Thomaz, ex-presidente da Associação Brasileira de Rafting, campeão mundial e sócio proprietário na Rio Abaixo Rafting que promove o ecoturismo em Juquitiba, São Paulo. Em tupi, o nome da cidade significa “Terras de muitas águas”.
Localizada a 70km da capital Paulista, integrando o maior trecho contínuo remanescente de Mata Atlântica do mundo, Juquitiba faz limite com o Parque Estadual Serra do Mar entre duas das sete Reservas da Biosfera da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) presentes no Brasil. Localiza-se ainda em uma das principais áreas de mananciais de abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo, com tamanho potencial hídrico a atividade do rafting é importante para a empregabilidade da região.
Histórias de parceiros da Rio Abaixo Rafting & Aventura
A Rio Abaixo, desde 1996, tem um compromisso com a educação ambiental e o empoderamento dos jovens, tendo treinado mais de 300 adolescentes como monitores verdes. “Alguns jovens que formamos se transformaram em atletas profissionais que levam o Rafting brasileiro e a Rio Abaixo para patamares internacionais. Um exemplo é Regilon, um jovem negro, filho de agricultor que se transformou em um ativista ambiental, que não apenas se destacou em nosso programa de monitores verdes aos 15 anos, se formou como engenheiro civil, estudou tecnologias sociais em nossos treinamentos e no seu segundo emprego que foi indicado por nós, participou da COP 27 e 28 no Egito e em Dubai, respectivamente”, destaca Karina.
Regilon Matos, que atualmente trabalha no Fundo Casa, Organização da Sociedade Civil (OSC) que debate a filantropia socioambiental na América Latina, ressalta a importância de ter tido contato logo cedo com o rafting e com a gestão focada no bem estar sistêmico. “Eu confiei na oportunidade que me deram na Rio Abaixo, continuo plantando ideias que aprendi. Minha missão é para que outras pessoas possam ter acessos a partir de um primeiro emprego. Hoje 9 anos se passaram e volto na empresa como consultor externo, desenvolvendo conjuntamente um projeto socioeducativo para monitores verdes da Rio Abaixo, que irá oferecer um curso para formação de jovens em situação de vulnerabilidade social e econômica da região”, explica.
A Rio Abaixo se compromete com o território, promovendo e participando de eventos e iniciativas locais e estaduais, como projetos de limpeza de rios e restauração de áreas degradadas, eventos de fomento ao turismo regional como o Consórcio Intermunicipal da Região Sudoeste da Grande São Paulo (CONISUD), integra comissões da Grande Reserva Mata Atlântica, entre outros, sempre com envolvimento da comunidade que estão inseridos.
“Essas ações não apenas ajudam a melhorar a qualidade da água e a saúde dos ecossistemas, mas também servem de exemplo de como a colaboração e o engajamento comunitário fazem a diferença no enfrentamento dos desafios socioambientais”, completa Karina que, após um burnout, fez uma transição de carreira e, atualmente, multiplica para outras empresas os treinamentos outdoor e experiências que trazem conexão com a natureza unida a gestão de emoções.
Ao proporcionarem atividades de aventura e experiências que não apenas desafiam o corpo, mas também tocam a saúde mental, permitindo aos participantes uma conexão mais profunda com a natureza e consigo mesmos. “Essas experiências são fundamentais para ampliar a consciência de como estarmos interligados, que juntos multiplicamos potenciais e que somos parte integrante da natureza, sendo nosso bem-estar intrinsecamente ligado ao bem-estar do planeta”, completa Karina, e conclui “juntos, podemos navegar em direção a um futuro mais desejável, onde a conservação da água, o bem estar e a prosperidade andam de mãos dadas. Se não for divertido, não é sustentável”.
No Brasil, o rafting e outras atividades de turismo de aventura são estratégias para a conscientização ambiental, geração de empregos verdes, empreendedorismo sustentável, educação ambiental e cultura regenerativa.
Para saber mais, basta acessar: https://www.rioabaixo.com.br
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