Um relatório emitido pela Grand View Research divulgou que o mercado mundial relacionado à medicina estética foi avaliado em mais de 500 bilhões de reais no ano de 2021 e que essa receita deve aumentar a uma taxa anual de pouco mais de 14% até 2030.
Concomitante à isto, a pesquisa Beleza, Saúde e Bem-estar, divulgada pela Opinion Box em dezembro de 2022 e que estudou a relação das pessoas com o corpo, padrões de beleza e o impacto disso na saúde e no bem-estar, revelou que 42% dos entrevistados que não realizaram procedimentos estéticos afirmaram que tinham vontade ou fariam este tipo de intervenção. Dentre os que já realizaram, 58% o fizeram antes dos 30 anos e cerca de 50% dos respondentes disseram que a aparência física está relacionada à felicidade.
A médica e empresária do setor Dra. Marcília Lopes afirma que os preenchimentos dérmicos e a toxina botulínica têm se beneficiado de avanços tecnológicos, o que impulsiona a busca por parte dos pacientes pela realização de procedimentos médicos estéticos minimamente invasivos. “Seja na formulação ou na aplicação, a tecnologia proporciona resultados mais precisos e duradouros, principalmente quando associados a outros procedimentos não invasivos, como ultrassom microfocado e lasers”.
De acordo com uma pesquisa da Mordor Intelligence, o mercado de laser médico deve crescer a 13,4% ao ano até 2027. O relatório atribui a expansão ao aumento do número de procedimentos estéticos, à crescente preferência por procedimentos minimamente invasivos e ao aumento da incidência de doenças oculares.
Segundo a Dra. Marcília, outras tecnologias como radiofrequência e ultrassom micro e macrofocado, técnicas avançadas de diagnóstico e avaliação, simulações e planejamento 3D, são facilmente encontradas no mercado de saúde estética atualmente. “A tecnologia permite uma abordagem menos invasiva, mais natural e mais personalizada para procedimentos médicos estéticos, considerando as características únicas de cada paciente”, destaca.
A médica explica que um diagnóstico preciso é fundamental para determinar as melhores opções de tratamento para cada indivíduo e o alinhamento das expectativas do paciente é essencial para o sucesso. “A tecnologia não pode, e nem deve, substituir a avaliação e a orientação de um profissional de saúde especializado”.
A profissional ressalta ainda a importância de realizar procedimentos com profissionais capazes de identificar possíveis intercorrências durante e após o procedimento, e que possuam qualificação técnica para tratá-las. Em recente nota técnica, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) destacou que em média 60% das denúncias recebidas pelo órgão envolvem procedimentos estéticos e de embelezamento no Brasil.
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