Abandono de cães e gatos é um problema que requer políticas públicas eficazes

O Índice de Abandono Animal, pesquisa realizada pela Mars Petcare, em parceria com um grupo global de especialistas, é considerado o maior estudo internacional já feito sobre a falta de moradia e os fatores que contribuem para o alto número de animais de estimação nas ruas e abrigos. 

O projeto revisou dados de mais de 900 fontes globais e locais, juntamente com 30 mil pesquisas públicas e 200 entrevistas com especialistas, para esclarecer as necessidades dos animais de estimação na Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Grécia, Índia, Indonésia, Japão, Lituânia, México, Nova Zelândia, Filipinas, Polônia, África do Sul, Turquia, Tailândia, EUA e Reino Unido.

“Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2022 apontam que existem 30 milhões de animais abandonados pelas ruas por todo o Brasil, sendo 10 milhões de gatos e 20 milhões de cachorros,” relata Vininha F. Carvalho, ambientalista e editora da Revista Ecotour News & Negócios.

Segundo a Comissão de Animais de Companhia (COMAC), a principal porta de entrada dos pets nas famílias brasileiras é por meio da adoção ou como um presente, sendo que 44% dos novos tutores foram presenteados com cães e 31% com gatos.

De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Instituto Pet Brasil, os principais motivos que levam ao abandono do animal, destacam-se os problemas comportamentais dos cães (46,8%); mudanças na disponibilidade de espaço ou nas regras de conduta social do espaço ocupado pelo ser humano (29,1%); o estilo de vida do proprietário do cão (25,4%) e a diferença entre a expectativa ao adquirir o cão e a realidade de cuidados necessários (14,9%).

A Lei da Posse Responsável determina que o tutor do animal deve se responsabilizar por manter em dia a carteira e vacinação do animal, bem como zelar pela sua saúde física e mental. Além disso, estão previstas penalidades para aquele que descumprir os artigos publicados nesta lei.

“Os animais precisam do resguardo do Estado para ter seus direitos preservados e a legislação precisa ser mais rigorosa para combater o abandono, maus-tratos e todo o tipo de agressão à vida animal. Há a necessidade, ainda, que sejam adotadas políticas públicas para evitar reprodução exponencial dos animais de rua. Para isso, é fundamental que sejam realizadas campanhas de castração, principalmente para famílias de baixa renda”, finaliza Vininha F. Carvalho.

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