Gestão de riscos ocupacionais pode salvar vidas

Segundo um levantamento do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, houve o registro de 612,9 mil acidentes de trabalho, com 2.500 óbitos. Contudo, a subnotificação pode subestimar os números reais. Em comparação a 2021, quando foram relatadas 22.954 mortes, 2022 apresenta uma queda acentuada de 25,6% na taxa de acidentes de trabalho, a menor dos últimos 10 anos.

Deste modo, a gestão de riscos ocupacionais é mais do que uma tendência corporativa – é uma necessidade absoluta. Esta é a visão de Filipe Carminatti Pavan, empreendedor com mais de 25 anos de experiência no mercado de tecnologia e CEO da RISKEX, uma empresa que trabalha há 11 anos com mitigação de riscos.

Em 2022 o Ministério do Trabalho criou uma ferramenta destinada a auxiliar na gestão de riscos ocupacionais no ambiente de trabalho. Contudo é importante ressaltar que o principal pilar para garantir a segurança e proteção dos colaboradores no local de trabalho reside na compreensão e estrita observância das Normas Regulamentadoras (NRs).

Essas normas desempenham um papel fundamental na preservação da saúde dos profissionais, com destaque para a NR-1, que serve como alicerce, assegurando a aplicação das diretrizes essenciais no processo de gerenciamento de riscos ocupacionais.

Pavan enfatiza que “saber identificar, avaliar e prevenir acidentes e doenças decorrentes dos agentes presentes no ambiente de trabalho ou das atividades profissionais é fundamental para preservar a saúde da equipe e a integridade da empresa. Portanto, investir em um gerenciamento eficaz pode ser o passo crucial que falta em uma organização”.

Além disso, o CEO ressalta que a implementação da cultura de gestão de riscos requer maturidade e não é uma transformação instantânea. Ele enfatiza: “Uma cultura eficaz de gestão de riscos exige maturidade organizacional, com suporte e treinamento abrangendo toda a equipe, não apenas o pessoal de gerenciamento de riscos. Todos devem compreender a importância da gestão de riscos em seus papéis”. Ele acrescenta que a mudança cultural ocorre quando as empresas direcionam esforços e investimentos para planos de ação que introduzem controles mais sólidos, em conformidade com a legislação. Por exemplo, embora os EPIs sejam usados, focar apenas neles é uma abordagem cultural que precisa ser revista.

“O reconhecimento do valor da gestão de riscos e a ressignificação das práticas, indo além do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), são passos essenciais para promover um ambiente de trabalho seguro e produtivo no cenário corporativo atual”, afirma Filipe Carminatti Pavan, CEO da RISKEX. Ele ressalta que “investir na gestão de riscos não é apenas uma escolha sábia, mas uma necessidade imperativa para proteger a saúde da equipe e garantir a integridade da empresa no mercado”.

DINO

Share
Published by
DINO

Recent Posts

Na ROG.e, Infotec Brasil aborda inovação e sustentabilidade

Evento gerou oportunidades de novas parcerias nos segmentos de Óleo e Gás e Energia

10 minutos ago

Dupla suspeita de furtos é presa dentro de agência bancária em Cajazeiras, no Sertão da PB

MATERIAL APREENDIDO COM A DUPLA. FOTO: REPRODUÇÃO. Uma dupla foi presa em flagrante na tarde…

19 minutos ago

PK XD (Afterverse) fecha parceria inédita com SBT

Colaboração entre a Afterverse, dona do PK XD e a emissora, traz uma experiência interativa…

24 minutos ago

Mulher é presa suspeita de ser mandante do assassinato do marido em falso assalto

Aureliano Ferreira Lacerda, de 37 anos. FOTO: REPRODUÇÃO. Uma mulher, de 38 anos, foi presa…

49 minutos ago

Flamengo entra em campo com camisa do programa “Antes que aconteça”, da senadora Daniella Ribeiro

“Antes que aconteça”. Foi com essa inscrição no uniforme que o Clube de Regatas do…

1 hora ago

Irmãos são presos suspeitos de envolvimento na morte de mulher em Fagundes/PB

Milena Barbosa da Silva, de 23 anos, foi morta no último dia 25 de setembro.…

2 horas ago